Será que você precisa mesmo estar em todos os rolês, almoços familiares e happy hours da galera do trabalho? Isso está nutrindo você emocionalmente ou fazendo sua energia escorrer pelo ralo?
ilustrações: eduardo gayotto
Um estudo recente da Universidade do Kansas sugere que uma “nutrição social equilibrada” é essencial pra alcançar o bem-estar — e isso inclui tempo de solitude. Ou seja, precisamos de interações de qualidade com outras pessoas, mas saber apreciar a nossa própria companhia de vez em quando é fundamental pra essa equação.
Jeffrey Hall, professor de estudos de comunicação e diretor do Laboratório de Relacionamentos e Tecnologia da Universidade do Kansas
Proteger a sua energia e o seu tempo é tão crucial quanto manter conexões sociais. E as duas coisas se retroalimentam. Ou seja, pra cultivar boas amizades ou relações familiares saudáveis você precisa ter saúde emocional pra interagir com os outros sem irritação, ressentimento ou aquela sensação de estar cumprindo uma obrigação.
Seria lindo se existisse uma fórmula pra encontrar esse equilíbrio. Mas nossos desejos e necessidades sociais são extremamente pessoais e variam conforme a fase da vida. Quem nunca ouviu: “não sei como você consegue sair tanto” ou “sério que você vai ficar em casa num sábado à noite?”. Só nós podemos encontrar esse equilíbrio.
Dosar vida social e recolhimento não é uma tarefa fácil. Em geral, é só quando a gente exagera na dose — profundezas da solidão ou sobrecarga social — que percebemos a necessidade de um contraponto. Quem nunca desejou se isolar no alto dos Himalaias depois das festas de fim de ano?
Encontrar esse equilíbrio requer atenção e intencionalidade. Depois de um fim de semana, por exemplo, avalie com quem e quanto você socializou. Foi bom? Ou sentiu a energia escorrer pelo ralo? As respostas vão dar pistas sobre o caminho do equilíbrio da sua “nutrição social”.