Ontem você topou um rolê como se não houvesse amanhã. Mas houve. E agora está pensando em mil maneiras de pular fora, com medo de ficar mal na fita. Era mais fácil ter dito não? Sim.
Autor de Your Future Self: How to Make Tomorrow Better Today, o professor de decisão comportamental e psicologia da Universidade da Califórnia Hal Hershfield chegou a uma conclusão interessante sobre o assunto: muitas vezes, concordamos com coisas que não queremos fazer porque tendemos a enxergar uma versão mais aspiracional de nossos “eus futuros”.
Ou seja, alguma força otimista dentro de nós adora pensar que contamos com mais tempo, interesses e generosidade do que realmente temos. Daí, quando a data combinada vai chegando, a verdade é revelada. Tcharan! Ainda somos a mesma pessoa. É nessa hora que bate o arrependimento.
O fato da sua agenda daqui a cinco semanas estar livre agora não significa que o seu ritmo de sempre vai diminuir até lá. Antes de dizer sim pra mais um compromisso, pense em como está sendo a sua semana agora pra ter uma ideia mais realista da sua disponibilidade na data em questão.
Se só de pensar em fazer isso a curto prazo dá bode, ansiedade ou preguiça, pule fora antes que seja tarde.
Se eu deixar de aparecer, isso fará uma grande diferença pra uma pessoa com a qual realmente me importo? Estarei perdendo oportunidades que serão importantes pra mim? Essas reflexões podem ser bons pontos de partida.
Também é importante colocar nessa equação o quanto você vai ferrar a sua própria rotina ou até a saúde pra cumprir com o que estava combinado. Se a balança pender pro lado negativo, mais vale pular fora e lidar com as consequências.
Antes de entrar nesse enrosco de novo, lembre-se: saber declinar é crucial pra saúde mental. Justifique, de forma cordial, por que você está pulando fora. Passado o mal-estar momentâneo, bate uma leveza...