Hodgkinson acredita que o mundo moderno leva o emprego a sério demais. Com o slogan “desacelere, divirta-se, viva bem”, o objetivo de seu trabalho é ajudar as pessoas a terem vidas mais felizes e plenas. E que, pra isso, todos deveriam ter o direito de trabalhar menos e pedir demissão de um emprego que odeiam.
Mas veja bem: ele é fã da preguiça moderada. Bem dosada, ela nos impede de trabalhar demais e arruinar os outros aspectos das nossas existências. O preguiçoso profissional tem plena consciência de que, em excesso, o ócio pode ser um grande atraso de vida.
Tom Hodgkinson em entrevista à Freedom
Ele mesmo é um exemplo de preguiçoso ocupado — com dez livros publicados. Segundo o escritor, isso se deve a trabalhar com muita eficiência e foco, mas não por muitas horas. Pra isso, conseguiu identificar o período do dia em que rende mais e assumir que funciona melhor no escritório ou em bibliotecas do que ficando em casa.
E como ele sugere que você encaixe a preguiça no meio do seu corre? Agendando, literalmente. Pode ser um cochilo depois do almoço, uma hora no fim da tarde pra dar uma caminhada ou simplesmente alguns minutos pra fazer nada com hora marcada.
Nos momentos de ócio, é fundamental abandonar a culpa. Na verdade, ele acha que você deveria se sentir culpado justamente por não se dar direito à preguiça, já que ela traz saúde, criatividade e tempo pra passar com as pessoas queridas.
Hodgkinson não tem um smartphone e lê livros de papel. Segundo ele, isso abre um grande tempo na agenda pra exercitar a preguiça, já que os celulares levam o trabalho pra casa, pra mesa do bar e outros espaços onde, até pouco tempo, desconectávamos. Além disso, transformam pequenas pausas em... mais estímulos (até no banheiro!).