imagem: lululemon e Sport&Rich / divulgação

A roupa de academia virou símbolo de status — e de tempo livre.

LOOK DE TREINO

OSTENTAÇÃO

Você já percebeu: o look fitness saiu do treino e foi direto pro restaurante e até pro date.

As marcas esportivas não vendem mais só roupas e acessórios, vendem lifestyle — e tem muita gente disposta a pagar caro por isso.

DA ACADEMIA AO BAILE

No embalo da glamourização do estilo athleisure, marcas como a canadense lululemon, a britânica Sweaty Betty, a brasileira Lauf e as norte-americanas Alo Yoga e Sporty&Rich deram um toque de sofisticação a peças esportivas que, cada vez mais, têm uma preocupação estética que vai além de sua funcionalidade.

ALO

LAUF

O vestuário esportivo transcendeu suas origens restritas à academia, evoluindo pra uma declaração de moda desejada. 

Usar roupas esportivas indica uma consciência sobre saúde e um compromisso com um estilo de vida ativo, o que reforça ainda mais sua importância cultural.

Fonte: “Beyond the Hype: Why Luxury & Sportswear Keep Collaborating” (Glorious)

Ao mesmo tempo, marcas de luxo — a exemplo da Celine — passaram a investir em peças de treino, acessórios e collabs.

Ao mesmo tempo, marcas de luxo — a exemplo da Celine — passaram a investir em peças de treino, acessórios e collabs.

collabs que dizem tudo

Gucci x The North Face

Nike x Sacai

Balenciaga x Under Armour

Dior x Jordan

Michael Kors x Ellesse

As grandes grifes apostam em collabs com marcas esportivas como uma forma mais acessível de atingir o consumidor aspiracional, que não pode pagar pelos produtos principais.

Essas colaborações também permitem um alinhamento aos desejos dos consumidores por um estilo athleisure versátil e moderno, que equilibra desempenho e estilo.

Fonte: “Highlights from fashion’s big year of sport” (Vogue Business)

Não é à toa que agora o look de academia ou de yoga é aceito no restaurante. Ele não comunica mais desleixo, ele comunica status. Num momento mundial em que todo mundo está exausto, com a mente saturada e o tempo escorrendo pelo ralo, o esporte instagramável virou uma ostentação — não de saúde, mas do privilégio de poder desacelerar. __

Bia Nardini (@bianardiniii), designer e produtora de conteúdo