Como a normalização da refeição solo está mudando a forma como nos alimentamos.
ilustrações: eduardo gayotto
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· Quase 50% dos adultos norte-americanos faz refeições solo. (1) · 1/3 dos europeus sempre come na própria companhia. (2) · 1/3 das pessoas da Coreia do Sul faz cerca de metade das refeições de forma individual. (3)
Fontes: 1 — Estudo do The Hartman Group; 2 — Europe’s lonely diners: Nearly a third of European consumers eat every meal alone (Mintel); 3 — Number of single-person households surprises even Statistics Korea (Korea JoongAng Daily)
Os números refletem uma tendência global que afeta principalmente quem vive nas grandes cidades. E se referem tanto ao que rola dentro como fora de casa. Pesquisa encomendada pela plataforma de reservas OpenTable revelou que 60% dos entrevistados teve pelo menos uma experiência solo em restaurante no ano de 2023 — a maioria dessas pessoas é da Geração Z ou Millennial.
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Nas redes sociais, movimentos como o Honbap (“comendo sozinho”), que nasceu na Coreia do Sul, mostram o ato de comer na própria companhia como uma forma de autocuidado e empoderamento.
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· Não precisar conciliar agenda com ninguém. · Experimentar coisas novas sem se preocupar se os outros também vão curtir. · Facilidade de encontrar lugar em restaurantes bacanas. · Momento necessário de solitude. · Forma divertida de construir independência e autoconfiança. · Praticidade: nem sempre é vantajoso cozinhar pra uma pessoa só.
Quem come só, no entanto, muitas vezes recorre a um dispositivo eletrônico. Diversas pesquisas, como as do Wageningen Food Safety Research, na Holanda, indicam que se alimentar enquanto assiste TV (ou similar) faz com que prestemos menos atenção ao que ingerimos, tanto em relação ao sabor, quanto à quantidade. Ao mesmo tempo, não escutamos os sinais do corpo sobre a saciedade.
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