Os jovens entre 19 e 25 anos de idade estão começando a dar as costas para as grandes plataformas de mídias sociais.  O que vem pela frente?

O FIM DA ERA DE OURO DAS REDES SOCIAIS?

Um relatório publicado esta semana pelo Dazed Studio indica que estamos em um turning point: as redes sociais estão em declínio. Em grande parte, isso se deve a uma insatisfação geral dos mais jovens com as plataformas operadas pelas grandes empresas de tecnologia e uma mudança de prioridades. 

Apesar do aumento diário do tempo de tela, pessoas entre 19 e 25 anos de idade representam a única faixa etária que tem reduzido o uso dos aplicativos de mídia social. O relatório atribui essa tendência a, entre outras coisas, uma postura mais crítica sobre como as grandes plataformas estão explorando os dados de seus usuários.

OLHAR CRÍTICO

A polarização e a instabilidade política; os questionamentos sobre a integridade e a solidez das grandes empresas de tecnologia e o impacto de tanto scroll na saúde mental também pesam nessa balança. Num cenário pós-pandêmico, os jovens estão priorizando o bem-estar pessoal e conexões reais e íntimas.

OUTRAS INFLUÊNCIAS

Um dos ícones principais da era  de ouro das redes sociais está em decadência: segundo uma pesquisa da Trustpilot, dois terços dos consumidores dizem que o seu nível de confiança nos influencers é baixo. O abandono do velho modelo vem aliado a uma maior busca por autenticidade.

DOWN NO HIGH SOCIETY

NÃO VEM QUE NÃO TEM

Para uma parte dos jovens a  falta de confiança vai além dos influenciadores e se estende  a toda forma de publicidade relacionada com as redes sociais.

“Com essa crescente desconfiança contra os criadores, provavelmente veremos uma mudança em direção a plataformas nas quais você não é obrigado a ser o rosto do seu conteúdo, mas isso parece improvável no TikTok no momento.”

Hatti Rex, líder de mídias sociais na Dazed

O futuro da interação na Internet aponta ao retorno do poder às pessoas por meio de aplicativos descentralizados e o controle sobre quem pode acessar ou lucrar com dados pessoais. Em alta, as redes menores e nichadas se apresentam como alternativas mais íntimas, desenvolvendo confiança por meio do acesso direto a pessoas reais

“A Geração Z está buscando  um envolvimento mais lento e consciente com as informações.  O conteúdo mais longo e de alta qualidade com o qual vale a pena gastar tempo está ganhando espaço com esse grupo, aumentando a popularidade de formatos como blogs e ensaios  em vídeo. Até as plataformas  de formato curto já estão expandindo as funcionalidades para acomodar conteúdo de formato mais longo”.

The Future of Social Media (Dazed Studio)