O roedor é a grande celebridade da internet neste momento. E a gente está tentando entender por quê.
Surfando nessa onda, claro, também há incontáveis perfis nas redes sociais dedicados exclusivamente a postar vídeos com essas estrelas dentuças e vender todos os badulaques possíveis: bichos de pelúcia, camisetas, bonés, moletons, meias engraçadinhas, tote bags, cadernos...
No Brasil, uma história de amor ajuda a entender o hype. Recentemente, os vídeos em que o fazendeiro Agenor Tupinambá, do Amazonas, mostra como é sua amizade com a capivarinha Filó se tornaram virais.
Mas o fenômeno está longe de ser brasileiro. Um exemplo? O japonês Katsuhito Watanabe, autor de vários vídeos virais, é um fotógrafo especializado em clicar capivaras e já publicou cinco livros sobre o roedor.
Uma característica da capivara ajuda a entender esse frenesi é que se trata de um animal que faz amigos no rolê, vive em grupo e curte uma diversidade. De tartaruga a gato, não tem tempo ruim: há incontáveis fotos do roedor em momentos de fofura plena com outros bichos circulando por aí, prontos pra gerar um “oimmmm” seguido de “compartilhar”.
A capivara é um animal semiaquático e sua reprodução rola na água. Sim, os bichinhos que moram no Tietê mergulham no rio com frequência... ARGH. Isso tem que ser dito: um bicho que faz amor no rio Tietê realmente merece reconhecimento internacional.
Antes de sair abraçando capivaras por aí, é prudente saber que esse animal é um dos hospedeiros do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) que transmite a febre maculosa, doença que pode ter um quadro grave e até ser letal, provocada pela bactéria Rickettsia rickettsii.