Pesquisa revela como meninos e meninas de 6 a 12 anos enxergam as questões mais relevantes da atualidade.
Um chamado pra que escutemos mais as crianças, a pesquisa revela que elas têm consciência do que vem causando desastres ambientais, bem como a desigualdade social e a violência que permeia nossas relações. E sabem que tudo isso impacta as suas vidas e o futuro da humanidade.
se interessa por assuntos como aquecimento global e crise climática.
tem inquietações sobre o futuro do planeta.
se preocupa com sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Fonte: O mundo que sei — resultados e análise, realizada com 170 crianças de 6 a 12 anos de cinco localidades da cidade de São Paulo, além de 1000 mães, pais e cuidadores em todo o Brasil
Menino de 12 anos que participou da pesquisa
As entrevistas revelam um claro descompasso entre o que a escola oferece e o que as crianças desejam e precisam pra aprender nos dias de hoje. Nos depoimentos, aparece com frequência a sensação de que tudo muda, menos a sala de aula. Elas sentem falta de mais interação, estímulos e inovações tecnológicas.
A violência nas ruas é a maior preocupação de
coloca a saúde mental entre suas principais preocupações.
afirma que seus filhos já sofreram bullying.
aponta que seus filhos já vivenciaram algum tipo de violência na escola.
relata ter presenciado demonstração de sentimentos preocupantes em seus filhos no último ano.
Menina de 11 anos que participou da pesquisa
Os dados revelam que as crianças sentem insegurança em São Paulo. Confinadas em casas e apartamentos, ficam longe da natureza. Segundo os pais, um em cada quatro menores não tem espaços seguros pra brincar ao ar livre.
Leonardo Posternak, médico pediatra e psicanalista que fez parte do time de especialistas que analisou a pesquisa O mundo que sei
A pandemia teve um impacto importante na saúde emocional das crianças. Elas mesmas reconhecem isso e relatam que ficaram deprimidas, entediadas, solitárias e sem interesse pelos estudos.
dos pais diz que os efeitos negativos do isolamento ainda não foram totalmente superados.