Nada de restrições, alimentos proibidos e obsessão pela perda de peso: entenda como funciona esse jeito de comer que foi vanguarda nos anos 1990 e vem sendo abraçado pelos movimentos antidieta.

A alimentação intuitiva é um jeito de comer que renuncia às dietas restritivas e à perda de peso como objetivo. A ideia é que a pessoa preste atenção aos sinais internos — principalmente fome e saciedade —, respeitando o corpo e equilibrando seus instintos e emoções relacionados com a comida.

A alimentação intuitiva se baseia em evidências científicas de que as dietas restritivas acabam deixando as pessoas mais obcecadas em comer. Partindo dessa constatação, as nutricionistas elaboraram uma alternativa fundamentada na ideia oposta, em uma época dominada por dietas malucas e contagem de calorias.

A alimentação intuitiva se baseia em evidências científicas de que as dietas restritivas acabam deixando as pessoas mais obcecadas em comer. Partindo dessa constatação, as nutricionistas elaboraram uma alternativa fundamentada na ideia oposta, em uma época dominada por dietas malucas e contagem de calorias.

Os primeiros passos pra adotar o comer intuitivo é se conectar com os sinais físicos da fome: “Ronco” do estômago, uma leve dor de cabeça, falta de concentração ou mau-humor. Da mesma forma, é essencial observar os sinais de saciedade ao comer.

Comer intuitivamente passa por saciar a fome — em vez de aguentá-la — e comer o que se tem vontade, sem classificar alimentos como bons ou ruins. Buscar uma relação prazerosa com a comida também faz parte do aprendizado. Não acontece do dia pra noite: é um processo. E vale lembrar que essa prática não pretende substituir os tratamentos pra distúrbios alimentares — nesse caso, procure um médico.

> Descartar a mentalidade da dieta > Honrar a sua fome > Fazer as pazes com a comida > Sentir a saciedade > Respeitar o corpo

Estudos acadêmicos relacionam a alimentação intuitiva a uma boa imagem corporal, autoestima e bem-estar psicológico, além de melhores índices de açúcar e colesterol no sangue e maior propensão à ingestão de frutas e vegetais.

Em entrevista recente ao New York Times, Elyse Resch afirmou que pessoas acostumadas com dietas restritivas podem ter dificuldade em se adaptar a tanta liberdade e que, no começo, é normal ter dificuldade de saber quando parar. Segunda ela, a tendência é encontrar o equilíbrio com o tempo.