Sabe aquela sensação de absorver a tensão que está pairando no ar? A neurociência explica o que está por trás disso.
Fonte: estudo da University of Calgary, no Reino Unido, publicado na revista Nature Neuroscience
Ana Carolina Souza, neurocientista e cofundadora da Nemesis, empresa especializada em neurociência organizacional
Se por um lado ninguém curte absorver emoções negativas alheias, esse mecanismo de “contágio” também exerce um papel fundamental pra nossa habilidade de compreender o estado emocional das outras pessoas, o que é importante pra criar vínculos sociais e sentimento de empatia.
O problema é que viver sob a influência de alguém estressado gera, potencialmente, as mesmas consequências que o stress crônico, associado a aumento da pressão arterial e da glicemia, dor crônica, além de doenças autoimunes e cardiovasculares. Também pode causar fadiga, irritabilidade e problemas relacionados ao sono e à saúde mental.
Rosie Shrout, professora de Desenvolvimento Humano e Estudos da Família na Purdue University, nos EUA, em artigo pra The Conversation
Ser consciente desse potencial de “contágio” é importante tanto pra encontrar formas de se proteger, como pra buscar meios de dar uma mão à pessoa em questão. Será que o stress não está relacionado a algum tipo de sobrecarga que você poderia ajudar a reduzir dividindo tarefas, por exemplo?