Entenda como as dores mais profundas dos seus antepassados podem repercutir na sua saúde mental — e na de seus filhos.
Foto: trabalho de colorização de marina amaral
O trauma intergeracional não só é um dos debates da vez na psicologia, como também vem se tornando um conceito popular. O filme vencedor do Oscar Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo e séries como Transparent, por exemplo, têm a ver com isso.
Segundo explicam os especialistas, não é a experiência traumática propriamente dita que é transmitida, mas a ansiedade e a visão de mundo dos sobreviventes. Mesmo os tataranetos de pessoas escravizadas podem experimentar os sentimentos de seus ancestrais sobre os perigos e as dores da vida em sociedade.
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Os pesquisadores descobriram, ainda, que uma série de exposições ambientais e sociais tóxicas durante a gravidez podem ser transmitidas no útero, a exemplo do stress de viver na pobreza. Abusos sofridos na infância também afetam potencialmente as gerações futuras.
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A boa notícia é que a resiliência também pode ser transmitida. Mas aproveitar essa “herança” geralmente requer uma compreensão mais profunda da origem do trauma. Reconhecê-lo, buscar a ajuda de um terapeuta, falar sobre o problema e abraçar estratégias positivas de parentalidade são passos importantes pra quebrar o ciclo.
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