Onipresentes em perfis que falam de misticismo e bem-estar, os cristais movimentam uma indústria bilionária e pouco regulada, que viola os direitos humanos e destrói o meio ambiente.
Os cristais começaram a se popularizar nos anos 1970 mas, na última década, viraram um fenômeno de consumo, impulsionados pela indústria do bem-estar e do misticismo.
Só nos EUA, a demanda por essas pedras dobrou entre 2014 e 2018, segundo o The Guardian. Com a sede de good vibes gerada pela pandemia, a indústria cresceu 20% só em 2020, de acordo com a Bloomberg.
Além das pedrinhas que enfeitam altares e afins, os cristais estão por todos os lados: em luminárias, garrafas que “energizam” a água, “ovos” vaginais, massageadores faciais, colares, anéis...
Trecho de uma das reportagens mais aprofundadas já publicadas sobre o assunto, da jornalista Tess McClure, para o The Guardian
No Brasil, parte da extração dos cristais é feita em garimpos ilegais e está relacionada a invasões de terras indígenas, condições de trabalho análogas à escravidão, desmatamento de áreas de proteção ambiental etc.