ilustrações: eduardo gayotto / noum project | foto: samanta alves
Uns consideram essencial. Mas há quem ache que é pedir demais.
Por um lado… Soa bastante atrativo um cenário em que uma mesma pessoa funcione como companhia pra todas as horas, apoio incondicional e parceria pra dividir as contas, as angústias, as conquistas, os hobbies — e a cama.
Por outro… Pode ser uma cilada concentrar tantas funções e responsabilidades em cima de uma única relação.
Eli J. Finkel, psicólogo social e autor de The All-Or-Nothing Marriage: How the Best Marriages Work, em entrevista ao The New York Times
Até meados do século 19, o casamento servia basicamente pra atender necessidades básicas de sobrevivência dos parceiros. Entre 1850 e 1965, segundo Eli J. Finkel, entramos na “era do amor”, na qual as principais funções da relação passam a ser companhia e afeto.
Vivemos uma contradição. Essa expectativa de que o relacionamento amoroso preencha múltiplas necessidades de afeto surge em um cenário no qual encontrar “a pessoa” entre tantos apps parece cada vez mais complicado. E não é só começar algo mais sério que anda difícil: em uma sociedade cada vez mais individualista, manter compromissos também é um desafio. Por que, então, apostar todas as fichas em algo tão escasso e fugaz?
O lado B de ter o amor romântico no centro da vida
Rhaina Cohen, jornalista e TED speaker, em entrevista ao The Atlantic