Segundo uma pesquisa da Dove executada pelo Instituto Ideia, 51% das pessoas com deficiência (PCDs) e 42% das pessoas gordas e “fora do padrão” já deixaram de frequentar a praia por falta de acessibilidade. Pra 20% das pessoas gordas, o motivo é não caberem nas cadeiras de praia; pra 50% dos PCDs, é a falta de estrutura.
Boa parte da dificuldade das pessoas com mobilidade reduzida ou obesidade está no acesso à areia e, principalmente, à água. Encontrar um banheiro público seguro e inclusivo é outro grande desafio.
Pra muita gente, a praia também é um ambiente hostil. Cerca de 69% dos PCDs e 45% das pessoas gordas relataram já terem sofrido algum tipo de preconceito na praia.
Progressivamente, praias com acessibilidade pra cadeirantes estão sendo implantadas no Brasil e no mundo. Copacabana, no Rio de Janeiro, Iracema, em Fortaleza, Ponta Negra, em Natal, e Boa Viagem, em Recife, são alguns dos (poucos) exemplos. Já na Espanha, há mais de 600.
Pouco — ou nada — se fala sobre as pessoas gordas, que não encontram cadeiras de tamanho adequado pra alugar ou mesmo pra sentar nos quiosques à beira-mar. Recentemente, a Dove trouxe essa discussão para a pauta ao lançar um protótipo de cadeira de praia mais larga e segura. Por enquanto, elas estão disponíveis em algumas praias cariocas.