A falta de conexão com outras pessoas pode afetar o bem-estar e a qualidade de vida. Em alguns países, isso já vem sendo encarado como uma questão de saúde pública.
Um levantamento do Instituto Locomotiva revelou que um quarto da população brasileira considera ter uma rede de relacionamentos empobrecida e não se sente próxima de ninguém. O mesmo estudo mostra que a segunda principal preocupação do brasileiro com 50 anos ou mais é a solidão — atrás, apenas, da falta de dinheiro.
Outra pesquisa, que envolveu mais de 50 mil adultos em nove países, revelou que a solidão indesejada — ou seja, quando estar só não se trata de uma opção pessoal — é considerada um dos maiores inimigos do bem-estar emocional, onde quer que seja.
A relação entre solidão e bem-estar é abrangente. Várias pesquisas científicas já comprovaram que o isolamento social está associado a um grande risco de doenças cardiovasculares, demência, depressão e ansiedade. Os perigos da solidão vêm sendo comparados ao risco de fumar, de abusar do álcool e da obesidade.
Inicialmente, até achamos que as redes sociais serviriam pra nos unir — quem não se reconectou com alguém no Orkut? Mas há o efeito oposto: olhar o feed, concluir que todo mundo está se divertindo lá fora e se sentir ainda mais só. Não à toa, pesquisa do Cigna Group revelou que jovens de 18 a 24 anos relatam duas vezes mais solidão que idosos.
Maria Homem, psicanalista, em seu canal no YouTube.
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