Brasileiríssima, saborosa, nutritiva e extremamente versátil, ela é patrimônio gastronômico nacional e companheira dos momentos felizes.

Herança gastronômica dos povos originários brasileiros, a farofa surgiu da necessidade de tornar a farinha de mandioca mais nutritiva e fácil de comer — misturada a algum tipo de gordura animal. Venerada de norte a sul, tornou-se tornou um ícone da culinária brasileira. Nós AMAMOS a farofa e explicamos por quê:

RECEITA DA FELICIDADE

A farofa é a amiga dos momentos felizes. Está churrasco da galera; recheando o frango do almoço da família; no peru do Natal (com passas ou sem!); embalando a feijoada (e o samba); dando aquela força pro sarapatel; encorpando a moqueca; acompanhando o peixinho frito na praia...

“Se no Peru o ceviche havia conseguido se tornar o prato- bandeira, conquistando o planeta, nossa mais promissora receita-estandarte não seria nem a feijoada nem o churrasco, mas a farofa. Sigo pensando assim e fico animado ao constatar que, cada vez mais, há cozinheiros e estudiosos se dedicando ao tema.”

Luiz Américo Camargo, jornalista especializado em comida, pra  revista Quatro Cinco Um

OBRA DO ACASO

Diversas fontes atribuem a origem da farofa a um punhado de farinha de mandioca que, ao ser esquentada em um “pote” feito com o casco de uma tartaruga, se misturou com a gordura do próprio animal e deu liga.

Ao longo dos séculos, a farofa foi ganhando uma personalidade diferente em cada região do Brasil: grossa e rústica pra ornar com o açaí no Pará, fininha e crocante em outras partes do país, com formigas na Amazônia... Ela também pode ser doce, salgada, feita de milho, bem torradinha, mais clarinha, com banha, com manteiga, com gordura vegetal, sequinha, molhadinha...