Se um ET chegasse aqui, será que ele entenderia o significado de uma multidão chocando uma mão contra a outra?
Ilusstrações: criado por IA
Segundo um artigo da The Society for Personality and Social Psychology (SPSP), o hábito de bater palma é tão ancestral que fica difícil rastrear sua origem.
- Pode ter surgido como um recurso pra chamar atenção. - Talvez era, originalmente, só um movimento lúdico e entusiástico. - Demonstração de força: o som forte daria pistas sobre o tamanho das mãos e, por associação, da força do sujeito. - Expressar carinho à distância, como um abraço sonoro. - Jeito de promover um senso de pertencimento e a unidade no grupo.
Um dos aspectos mais fascinantes sobre o aplauso é sua capacidade de “contágio”. É só um começar que a coisa vai. E, dessa forma, é possível coordenar o comportamento simultâneo de milhares de indivíduos que nem se conhecem. Não é incrível?
Ao longo da história, pessoas que ocuparam posições de poder reconheceram e utilizaram o impacto social significativo que os aplausos podem ter.
O imperador romano Nero, por exemplo, teria pago mais de 5 mil pessoas pra aplaudirem vigorosamente suas aparições em eventos públicos, criando uma ilusão de apoio generalizado. Tipo uma claque, mas pra fins políticos, há quase 2 mil anos. Na Coreia do Norte, as palmas sincronizadas simbolizam o poder do ditador Kim Jong-un.
Um estudo do pesquisador Bruno Repp, especialista na percepção sonora da Universidade de Yale, nos EUA, revelou que cada pessoa tem um jeito próprio de bater palma que é como uma “impressão digital sonora”. Ou seja, por mais que uma multidão aplaudindo pareça, de longe, uma coisa só, é a soma de muitas individualidades. Bonito, né?