Os jovens de hoje estão fazendo menos sexo do que, pelo menos, as últimas duas gerações. Vem entender mais sobre esse fenômeno que ganhou o nome de “apagão sexual”.
Segundo pesquisadores, a tecnologia é um dos principais responsáveis pela falta de sexo. Além das relações românticas terem se tornado mais digitais, as redes sociais, os jogos e os streamings mudaram a nossa relação com o prazer. O fácil acesso à pornografia e o boom das plataformas de conteúdo adulto são outros fatores.
Contrariando as expectativas, ao invés de facilitar, os apps de namoro podem complicar o processo. Com as inúmeras opções de parceiros que eles oferecem, estamos sempre procurando alguém mais legal, mais bonito, que curta as mesmas músicas, que não tenha compartilhado aquele meme sem graça no Facebook em 2018...
Nos últimos anos, também começamos a falar mais abertamente sobre a conexão entre o sexo — especialmente o heterossexual — e o prazer feminino. Isso fez com que muitas mulheres se tornassem mais seletivas na hora de escolher alguém pra transar e passassem a explorar mais esse universo sozinhas, com a masturbação.
Ana Canosa, psicóloga clínica, terapeuta sexual e educadora em sexualidade, ao podcast Desenrola
Pras novas gerações, estudar e estabelecer uma carreira são prioridades que costumam estar à frente de sair pra conhecer alguém e transar. Em meio a rotinas cansativas, também é comum chegar ao fim do dia com uma única intenção: descansar. E, apesar de ser uma delícia, uma boa transa demanda tempo e energia.
A saúde mental impacta — e muito — nessa realidade. Como sociedade, nunca estivemos tão ansiosos e depressivos, o que pode fazer com que o desejo sexual fique em baixa. Ana Canosa afirma que o uso mais intenso de antidepressivos e o excesso de álcool e de certas drogas psicoativas também ajudam a reduzir o número de transas.