Em tempos de games cada vez mais imersivos, o singelo jogo das pecinhas coloridas segue firme e forte. O que explica esse fenômeno?
O filme conta como, nos anos 1980, o designer de videogames holandês Henk Rogers sacou que havia algo genial no game criado pelo programador russo (então soviético) Alexey Pajitnov, e deu tudo — até sua casa de garantia — pra obter a licença mundial do jogo das pecinhas, em meio a uma geopolítica dividida pela Cortina de Ferro.
Lançado em 1984, o Tetris é o jogo mais adaptado de todos os tempos a diferentes dispositivos e plataformas, e um dos mais bem sucedidos do ponto de vista comercial, com 520 milhões de cópias vendidas e 615 milhões de downloads. O tempo passa e ele segue aí, no celular do pai e no console do filho.
Depois de uma partida, você já quer outra. De onde vem isso? Talvez do impulso de querer organizar o mundo e encontrar um sentido em tudo. “Em muitos jogos você destrói coisas, mas no Tetris existe a ilusão de que está construindo algo. Esse caráter construtivo e positivo faz o jogador se sentir inteligente”, explicou Alexey Pajitnov.
James Newman, co-diretor do Playable Media Lab na Bath Spa University do Reino Unido, à BBC.
De acordo com cientistas da Mind Research Network, o Tetris é um jogo que inspira o pensamento crítico. A alta exposição ao game faz com que o cérebro consuma menos glicose e se torne mais produtivo.
Frase atribuída a Henk Rogers em Tetris, o filme