Entenda por que alguns restaurantes, cafés e até destinos estão vetando certos tipos de produtores de conteúdo.

a entrada de influencers

a entrada de influencers

Na última década, os influenciadores se tornaram elementares tanto para as empresas promoverem produtos e serviços, quanto para os consumidores, que buscam sugestões e inspiração em perfis com os quais se identificam. Mas, em alguns lugares, essa relação azedou.

Segundo dados da Stats, o valor global do mercado de marketing de influenciadores alcançou US$ 21,1 bilhões em 2023, tendo triplicado desde 2019. À medida que essa indústria cresce, o tamanho e o valor das plataformas aumentam a cada ano, tornando as colaborações entre marcas e criadores cada vez mais rentáveis.

o céu é o limite?

Foto: daiga ellaby / unsplash

Mas esse modelo já não faz sentido pra todo mundo. Uma matéria recente da Mashable fez barulho contando que alguns cafés e restaurantes pelo mundo baniram a ação de produtores de conteúdo, bem como uma cidadezinha norte-americana que, a cada outubro, recebia uma peregrinação em busca da imagem outonal perfeita.

basta!

Foto: katheryn hliniztsova / unsplash

O principal motivo pelo qual um estabelecimento decide abrir mão desse tipo de publicidade é evitar morrer de sucesso. Muitas vezes, cafés, restaurantes e destinos simplesmente não estão preparados pro fluxo de pessoas que alguns (ou vários) influenciadores são capazes de atrair.

não dou conta

Outro bom motivo pra querer estar fora dessa rota é que tanto os produtores de conteúdo como as pessoas que eles atraem muitas vezes só querem ticar um lugar da lista. Ou seja, entram, atrapalham a vida alheia com seus tripés e vão embora depois de consumir pouco ou nada. Por essas e outras, o Mercado de la Boqueria, em Barcelona, é um exemplo de lugar que proibiu fotos no interior.

Fora isso, cada vez mais gente anda cansada dos influenciadores como um todo, especialmente quando seguir alguém implica ser bombardeado por publicidade sem obter nenhum conteúdo de qualidade. Não à toa, vídeos de “desinfluenciadores” criticando o consumo excessivo viralizaram recentemente.

conteúdos em conteúdo

No que se refere à indústria do turismo, alguns influenciadores têm sido criticados pela superficialidade da relação que desenvolvem com os lugares por onde passam — um caso clássico são os que se gabam de ter conhecido X países em Y meses. Em tempos de overtourism, um número crescente de destinos vem buscando atrair viajantes que ficam mais tempo e agregam valor.

Além disso, o retorno das experiências offline surge no horizonte como um contraponto à hiperconexão, surfando na onda do turismo de bem-estar, que vem numa crescente desde a pandemia. E isso definitivamente não tem a ver com likes e compartilhamentos.

modo avião