A tendência wellness da vez é tudo menos novidade. Aqui, a gente explica o que é, de onde veio e por que hypou.
A calistenia em si não tem mistério: consiste em fazer exercícios com o peso do nosso próprio corpo, executando movimentos que melhoram a força, a resistência, a flexibilidade e a coordenação. É bem provável que vários exercícios calistênicos básicos já façam parte da sua rotina, como a flexão de braço ou o bom e velho agachamento.
O nome vem das palavras gregas kalos (beleza) e sthenos (força) e os gregos antigos já recorriam a essa prática como forma de definir o corpo e buscar a saúde — sabe aqueles tanquinhos retratados nas estátuas clássicas? Na Roma antiga, a calistenia foi adotada pelos gladiadores e, na Idade Média, usada nas escolas de cavaleiros.
A calistenia foi resgatada no século 19, quando chamou a atenção de Peter Henrik Ling, pioneiro da educação física na Suécia. Na mesma época, o alemão Friedrich Ludwig Jahn passou a advogar pelos benefícios da prática em seu país.
Tanto a escola sueca como a alemã defendiam que essa ginástica focada na calistenia ia além de seus benefícios pro corpo, servindo também pra desenvolver a disciplina e melhorar a saúde mental, com movimentos que exigem concentração, atenção à respiração e consciência corporal.
No começo do século 20, a calistenia passou a ser estudada mais a fundo e a se desenvolver como um método mais preciso e estruturado. Vem desse período o elo que a conecta com a origem da ginástica olímpica — não à toa, barras paralelas e argolas são dos poucos acessórios que costumam ser associados aos treinos.
Em grande parte, porque é uma atividade democrática. Uma vez que não requer material ou aparelhos, pode ser praticada na praia, no calçadão, no parque e até em casa. E também porque, cada vez mais, cuidar da saúde mental pra além de se exercitar está na pauta do dia.
Fora isso, a calistenia não requer grandes habilidades pra começar e pode render bons resultados. Obviamente, não é todo mundo que chega a conseguir ficar pendurado em um poste que nem uma bandeira humana, como nos vídeos que viralizam, mas a prática regular, mesmo básica, pode trazer vários benefícios. Pra fazer com segurança, procure um profissional de educação física.