É claro que, de lá pra cá, você conheceu e assimilou muita coisa nova. Mas é bem provável que o som que ouvia quando era bem jovem ainda esteja muito presente. Isso tem explicação científica.
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É nas primeiras décadas de vida que, em grande parte, definimos quem somos. E a música costuma ter um papel importante na formação da nossa identidade individual e coletiva. Nessa construção, somos influenciados por nossos pais, o lugar onde vivemos e nossa cultura.
O tipo de música que você escuta nas primeiras décadas da sua vida também acaba ditando o tipo de rolê e a forma como socializa, justamente quando está consolidando as amizades que, muitas vezes, leva pra vida toda. Não é de hoje que “tribos urbanas” são associadas a determinados estilos musicais: grunge, punk, metal etc.
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A formação do nosso gosto musical também tem um componente biológico. Isso porque, na juventude, o cérebro tem uma capacidade maior de ouvir e assimilar novos sons, algo que se perde à medida que envelhecemos — por essas e outras, você sabe Eduardo e Mônica de cor até hoje.
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Nesse período, guardamos um número desproporcional de memórias em comparação com outras épocas de nossas vidas. E, graças a esse espaço livre no seu HD cerebral tinindo de novo, o gosto musical desenvolvido na juventude também tende a ficar mais enraizado.
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Também é fato que, antes de entrarmos no mercado de trabalho, sobra mais tempo pra ouvir música, trocar ideia sobre isso com os amigos etc. Por mais que hoje em dia o streaming tenha facilitado muito o acesso a qualquer hora do dia, nem sempre dá pra curtir um som com toda tranquilidade e presença.
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Por essas e outras, o sucesso da volta de muitas bandas de décadas passadas não é só uma questão de nostalgia. Além de remeter a boas memórias, é bem provável que essas músicas também tenham tudo a ver com o que você escuta até hoje.