Até a Marie Kondo desistiu de deixar tudo no lugar. Podemos relaxar um pouco?
“Minha casa está bagunçada, mas a maneira como estou gastando meu tempo é melhor pra mim nesta fase da minha vida. Até agora, era uma arrumadeira profissional, então fazia o possível pra manter minha casa sempre em ordem. Eu meio que desisti disso. Agora percebo que o importante é aproveitar o tempo com meus filhos.”
Marie Kondo em um webinar pra divulgar seu novo livro.
Quem assistiu a série Ordem na Casa com Marie Kondo, da Netflix, vai notar a mudança de tom em Marie Kondo’s Kurash at Home: How to Organize Your Space and Achieve Your Ideal Life, seu novo livro, no qual ela enfatiza a importância de limpar, também, “os espaços mentais e emocionais”.
Segundo a nova versão de Kondo, quando o objetivo é fazer essa limpeza dos espaços emocionais, manter as roupas dobradas pode não ser tão importante quanto ouvir música pela manhã, fazer exercícios ou passar tempo com quem importa.
A menos que você possa pagar alguém pra limpar e arrumar, falhar na missão de manter todas as coisas no lugar e sem pó o tempo todo é quase uma certeza. E isso pode gerar sentimentos de fracasso, culpa e ansiedade — especialmente nas mulheres, a quem costuma recair boa parte dessa tarefa.
Também vale saber que, em casos muito extremos, a “mania” de organização pode ser um dos sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo, que causa um grande sofrimento psíquico. Mas atenção: querer manter as coisas no lugar não significa necessariamente que uma pessoa tem TOC. Longe disso.
Com o aval de Marie Kondo, bora relaxar? Uma casa cheia de vida é aquela com livros lidos e remexidos; almofadas espalhadas pra dar conforto; taças de vinho na pia que lembram que a noite de ontem foi uma delícia e outras pequenas baguncinhas humanas que você pode, sim, deixar pra resolver depois, ou não.