Vários estudos provam que praticar exercícios físicos é um excelente ansiolítico natural.
foto: jonathan borba / unsplash
O corpo humano foi feito pra se mover — e, quando isso acontece, o cérebro também agradece. Durante o treino, músculos e órgãos enviam sinais que ativam áreas cerebrais ligadas ao humor. E a ciência vem estudando a fundo como essa dinâmica interfere no processo da ansiedade. As notícias são bem animadoras.
É difícil encontrar um processo cerebral que não melhore com o movimento regular. O exercício aumenta o fluxo sanguíneo, diminui a inflamação e melhora a plasticidade cerebral. Também estimula a liberação de várias substâncias que elevam o humor, associadas à sensação conhecida como runner’s high: norepinefrina, dopamina, serotonina, entre outras.
Fonte: “How Exercise Fights Anxiety and Depression” (The New York Times)
Uma nova pesquisa publicada na revista Frontiers in Neuroscience mostrou que a prática consistente de exercícios pode, inclusive, alterar a estrutura de algumas regiões do cérebro, a exemplo do hipocampo.
Um dos estudos mais decisivos sobre exercício e ansiedade foi publicado em 2021 por pesquisadores da Lund University, na Suécia. Acompanhando 200 mil esquiadores e 200 mil pessoas sedentárias por mais de duas décadas, eles descobriram que o grupo de esportistas tem quase 60% menos risco de desenvolver ansiedade do ponto de vista clínico.
Ainda que esse estudo tenha focado em esquiadores, os resultados levam a crer que praticar qualquer exercício aeróbico regularmente ajuda a acalmar a mente e evitar a espiral de preocupação, nervosismo e medo que caracteriza o transtorno de ansiedade.
45 m de exercícios físicos, três a cinco vezes por semana, já geram um bom resultado. Fonte: “Association between physical exercise and mental health in 1·2 million individuals in the USA between 2011 and 2015: a cross-sectional study” (The Lancet)