O suplemento mais falado do momento promete reduzir o stress, entre outros benefícios. Mas será que é tudo isso mesmo?
A ashwagandha, ou Withania somnifera, é considerada um adaptógeno — planta que ajuda o corpo a resistir e se adaptar aos elementos que geram stress. Novidade no ocidente, ela é usada na medicina Ayurvédica há milhares de anos pra tratar insônia, fortalecer o sistema imunológico e retardar os efeitos do envelhecimento.
No ano passado, a Anvisa publicou a resolução Nº 3.669, na qual alega que produtos feitos de ashwagandha podem ser nocivos ou não preencherem os requisitos estabelecidos pela legislação. A medida determinou a proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso da planta em suplementos. No entanto, o produto ainda pode ser prescrito para manipulação.
Assim como no caso de várias outras ervas e suplementos que circulam pelas redes sociais e lojinhas de produtos naturais, ainda há poucos estudos científicos sobre a ashwagandha. A maior parte do conhecimento sobre seus benefícios, portanto, vem de seu uso tradicional.
Um dos fatores que dificultam estudar esse tipo de suplemento é que a planta possui centenas de compostos ativos. Além do mais, os produtos vendidos em cápsulas podem conter maiores concentrações de ingredientes do que os que são encontrados na natureza e usados na medicina oriental.
Em todo caso, pra que a ashwagandha tenha essa possível influência sobre o stress, é preciso consumi-la regularmente. Ou seja, não funciona como um medicamento tranquilizante e não tem efeito imediato.
Pra maioria das pessoas, a ashwagandha tem pouco ou nenhum efeito colateral — náusea e dor de estômago são os mais frequentes. Mas ela não é recomendada pra pessoas grávidas ou com certos problemas de saúde. Antes de tomar qualquer suplemento, sempre consulte o seu médico.