Milhares de pessoas estão recorrendo a chatbots pra desabafar sobre suas aflições e buscar alívio de problemas relacionados à saúde mental.
A lista de chatbots focados na saúde mental não para de crescer. Os mais populares, a exemplo de Earkick, Youper e Woebot, somam milhões de downloads. Um deles, o Wysa, já é utilizado como suporte aos pacientes do Serviço Nacional de Saúde (NSH) no Reino Unido.
Um dos casos mais interessantes é o do Character.ai, onde é possível criar e acessar chatbots personalizados. Personagens como a Psychologist, “alguém que pode ajudá-lo com os problemas da vida”, recebem milhares de consultas diárias.
Há quem se sinta mais à vontade pra se abrir — e revelar seus segredos mais obscuros — com um chatbot do que com uma pessoa de verdade. O robô-terapeuta também pode ser configurado e/ou substituído. No Earkik, por exemplo, você pode optar entre um “sábio e paciente” ou um “otimista e motivador”, entre outros.
· Não há nenhum órgão regulador supervisionando essas startups. · Estudos sobre a psicologia via IA ainda são muito limitados. · Os próprios apps afirmam que não fornecem diagnóstico ou tratamentos médicos.
Betsy Stade, Ph. D. em psicologia clínica e pesquisadora no Stanford Institute for Human-Centered AI, nos EUA, ao The Guardian
Os desenvolvedores costumam reforçar que a IA não pretende substituir os terapeutas de carne e osso, mas somar forças. No fim das contas, a terapia consiste em duas pessoas pensando juntas sobre questões humanas, tendo como objetivo que o paciente possa conviver melhor com seus semelhantes no mundo real.