A CILADA DOS VAPES

 Entenda o risco dos vapes e por que eles são considerados uma ameaça para a saúde pública.

A ideia por trás dos vapes parece genial: permitir aos fumantes obter nicotina e prazer, sem inalar as substâncias cancerígenas presentes em um cigarro normal.

Mas, na prática, esses acessórios não só se provaram nocivos à saúde, como fizeram com que o hábito de fumar voltasse a ser cool entre os mais jovens.

A venda de cigarros eletrônicos no Brasil foi proibida pela Anvisa em 2009. Ainda assim, é fácil encontrá-los em tabacarias, lojas de conveniência, bancas de jornal e na internet. Segundo pesquisa do Datafolha, 3% da população acima de 18 anos faz uso diário ou ocasional desses dispositivos. E, segundo o Instituto Nacional de Câncer, metade dessas pessoas nunca havia fumado um cigarro convencional.

Desenvolvido no Vale do Silício e definido como “o iPhone dos vapes”, o Juul viralizou os cigarros eletrônicos. Além de ter um design moderno e vários sabores, ele entrega mais nicotina por tragada do que outros dispositivos.

A FEBRE DO JULL

Em 2018, a Juul Labs já era responsável por 75% do mercado de cigarros eletrônicos nos EUA e havia atingido um valor de mercado de US$ 10 bilhões em uma velocidade 4 vezes mais rápida que o Facebook.

Atualmente, a empresa enfrenta incontáveis processos judiciais e é acusada de ter direcionado seus produtos aos menores de idade deliberadamente. Em breve, a FDA decidirá se os vapes poderão continuar sendo vendidos nos EUA. Os Juuls com sabores já foram descontinuados.

Desenvolvido no Vale do Silício e definido como “o iPhone dos vapes”, o Juul viralizou os cigarros eletrônicos. Além de ter um design moderno e vários sabores, ele entrega mais nicotina por tragada do que outros dispositivos.

ALÉM DO VÍCIO

“Se você olhar para a essência do Vale do Silício, verá que ela se baseia em atingir objetivos o mais rápido possível. E, às vezes, fazemos coisas erradas para isso. Mas, neste caso, não se trata de um bug ou vazamento de dados pessoais, estamos viciando pessoas em uma substância aditiva.”

Ryan Woodring, ex-diretor de marketing da Juul