Os mais jovens já não estão interessados em noites intermináveis e afters selvagens. O que explica essa mudança de comportamento?
Obviamente, muitos inimigos do fim ainda encontram seu lugar longe do sol em rolês desse tipo. A diferença é que, nos últimos anos, esse lifestyle tem perdido adeptos e já não seduz as novas gerações. Pra um grupo cada vez mais numeroso, trocar o dia pela noite deixou de fazer sentido.
Trecho de reportagem da Exame.
Nem Ibiza é mais a mesma. Com os afters proibidos na ilha há vários anos, até a lendária Space — onde o fervo ia até a hora do almoço — fechou em 2016, marcando o fim de uma era. Hoje em dia, as festas mais hypadas da ilha espanhola começam à tarde e acabam cedo.
Uma pesquisa recente do DataFolha feita em 12 capitais brasileiras mostrou que 54% das pessoas entre 15 e 29 anos não frequentam casas noturnas ou vão menos de uma vez por ano. Shows, festivais e eventos diurnos ao ar livre estão entre os programas preferidos desse público, que se preocupa mais com a saúde e tende a ser mais comedido no consumo de bebidas alcoólicas.
A dinâmica das grandes cidades também mudou nos últimos anos, ditando novos comportamentos e, ao mesmo tempo, se adaptando a eles. Com uma maior sensibilização quanto ao barulho e leis mais rígidas, foi-se o tempo em que os botecos não tinham hora pra fechar.