Olhando pra trás, você sente que ainda é aquela criança que adorava jogar bola e comer pipoca? Ou seu passado parece parte de uma outra vida?
Algumas pessoas acreditam que mudaram profundamente ao longo dos anos — pra elas, o passado parece um lugar distante, marcado por costumes, valores, gostos peculiares e outras esquisitices. Outras têm um forte senso de conexão com seus “eus” mais jovens e se sentem em casa dentro da sua própria linha do tempo.
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Pro filósofo britânico Galen Strawson, autor do ensaio The Sense of Self, algumas pessoas são mais “episódicas” do que outras. Ou seja, estão bem vivendo o dia a dia, episódio por episódio, sem se importar muito em enxergar a vida como uma narrativa mais ampla e linear.
Pra entender a fundo a nossa noção de continuidade, um estudo acompanhou mais de 1000 pessoas desde a infância até os 45 anos de idade. Os resultados dessa pesquisa foram resumidos no livro The Origins of You: How Childhood Shapes Later Life.
Os primeiros anos de uma criança predizem quem ela se tornará mais tarde na vida? Em parte, sim. Mas as evidências levantadas com o estudo atestam que o desenvolvimento humano está sujeito a uma série de possibilidades e probabilidades – múltiplas forças que juntas determinam a direção que uma vida tomará.
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Galen Strawson