É preciso “ouvir” os sinais que nosso organismo nos dá: todo mundo já recebeu esse toque alguma vez. Mas o que isso realmente quer dizer?
ilustrações: eduardo gayotto
Na medida em que amadurecemos, a tendência é que passemos a dar mais ouvidos aos sinais sociais e ambientais do que ao que os nossos corpos estão nos “dizendo” sobre o que realmente precisamos pra sermos felizes e saudáveis.
Com boletos pra pagar e bocas pra alimentar, ignoramos os sinais de que estamos cansados, feridos, doentes ou em perigo. Ao fazer isso regularmente, vamos perdendo a habilidade de conectar corpo e mente.
“Ouvir” seu corpo significa realmente entender que a mente e o físico estão interligados, atuam em conjunto e são mutuamente dependentes — e ficar atento às ações e reações que derivam desse trabalho em equipe. Mas nem sempre é simples: as mensagens do corpo podem ser sutis, dissonantes ou até confusas. Interpretá-las requer esforço.
De forma simplificada, é como se cada um de nós tivesse uma sabedoria personalizada, que se torna mais fácil de acessar quando reconhecemos que qualquer coisa que sentimos tem algum significado.
Uma forma simples de ouvir o corpo é praticar alguma forma de meditação ou simplesmente parar algumas vezes por dia, respirar fundo, fechar os olhos e se perguntar: “como me sinto agora?” E, depois, tentar dar ao corpo o que ele pede, seja um casaco pra ficar confortável no frio, seja levantar um pouco e esticar as pernas.
Leigh W. Jerome, psicóloga clínica e artista em artigo para o Psychology Today