Você (Não) É o Seu Trabalho

Em algumas ocasiões e regiões, perguntar sobre trabalho é falta de educação. Entender esse choque cultural pode fazer você mudar sua estratégia pra puxar conversa.

Pra muita gente, essa costuma ser a primeira pergunta quando a ideia é começar uma conversa. Parece falta de assunto, mas é o reflexo de algo profundo: como o trabalho define o valor humano na sociedade capitalista.

Mas o Que Você Faz?

Se em cidades como São Paulo ou Nova York isso é tão normal como andar de metrô, em algumas culturas pega mal, ou não faz sentido, perguntar como a pessoa faz para ganhar a vida. Na Espanha ou na Itália, por exemplo, esse assunto só costuma surgir — e quando surge — depois que vocês já se conhecem há um tempinho.

Para as pessoas que trabalham para viver (e não o contrário) há menos pressão para que o emprego seja encarado como uma atividade transcendental e com propósito, ou como a principal maneira de ter dignidade.

Viver Pra Trabalhar?

​​Fora isso, por mais importância que dê a ele, você não é o seu trabalho e muito menos o seu emprego. O que você faz hoje para pagar as contas pode ser completamente diferente no futuro. Como, portanto, se definir por algo tão volátil?

Nuvem Passageira

Segundo essa lógica, faz mais sentido conversar sobre histórias de vida ou interesses pessoais do que jogar o LinkedIn na roda — até porque a resposta para a famosa pergunta pode ser um balde de água fria. O que não torna, necessariamente, o indivíduo um ser humano desinteressante.