E se o você do futuro pudesse contar o que ele teria feito diferente? Provavelmente diria que se arrepende de…
ilustrações: Eduardo Gayotto
É claro que todo mundo precisa pagar boletos, mas boa parte das pessoas acaba trabalhando demais por outros motivos: ambição, propósito, vício ou simplesmente no piloto automático do capitalismo. A consequência? Deixar de viver o que realmente importa por falta de tempo ou fôlego.
Acredite, daqui uns anos você vai olhar suas fotos de hoje — transbordando colágeno, cabelos, dentes brancos, disposição, sonhos e possibilidades — e dizer: “não acredito que nessa época eu perdi tanto tempo e energia me achando tão [complete com a sua noia atual sobre sua aparência física]?”
Escova, escovinha, fio dental, bochecho, revisão anual, atenção à sua gengiva: tudo aquilo que você deixar de fazer hoje pode render perrengues dolorosos e caros no futuro. Os dentes que você tem agora são pra vida toda. Ou não.
Quer viver 100 anos? Então se prepare pra pagar as contas por várias décadas depois de já ter saído (por vontade própria ou não) do mercado de trabalho, em um país que nunca se preocupou com o bem-estar dos seus idosos e que está vivendo uma inversão da pirâmide etária. Cuide da sua educação financeira e pare de torrar sua grana em besteira.
E isso inclui ficar tempo demais em um emprego que faz da sua vida um inferno por medo de mudar; de sustentar um relacionamento tóxico ou sem graça; de andar com uma galera que não acrescenta nem diverte; de estar sempre correndo atrás de quem não está nem aí...
Pois é, aquela correria, né? Quando você viu já era domingo, mês de agosto, Natal... e nem uma brecha pra visitar sua avó... Que tal fazer um esforço extra pra encaixar as pessoas que ama na sua vida? Disso você não se arrepende jamais.
O que você está deixando de viver/ser/fazer/experimentar por medo do que os outros vão pensar? Acredite, daqui uns anos, você mal vai lembrar que essas pessoas existem. E mais: elas com certeza não estão tão preocupadas com a vida alheia (no caso, a sua).