ilustrações: eduardo gayotto / noum project

você vive com

talvez seja sinal de que você esteja realmente perdendo alguma coisa.

você vive com fomo?

É o que surge antes de encontrar os amigos, depois de um dia cansativo. 

SAIR OU FICAR EM CASA?

O cálculo começa. Quão longe é o lugar? Tem onde sentar? Quantas horas consigo dormir depois? Você desiste. Mas fica com aquela sensação de que está perdendo alguma coisa, o famoso FOMO — “fear of missing out”.

As pessoas entre 15 e 24 anos de idade passam 70% menos tempo pessoalmente com amigos hoje do que em 2003. Pessoas na faixa etária de 16 a 24 anos de idade se sentem 3 vezes mais solitárias do que aquelas entre 65 e 74.

Sair ou ficar em casa?

Fonte: pesquisa do The Eden Project

escutando a ansiedade

Não há dúvidas de que, às vezes, o FOMO merece ser solenemente ignorado, seja em prol do descanso, seja por respeito à sua vontade deliberada de não socializar. Mas, se você vive com a constante sensação de estar perdendo alguma coisa incrível, talvez realmente seja o caso de sair mais...

Mas aí veio a ressaca: o JOMO, “joy of missing out”, a valorização da solitude e da liberdade de se jogar no sofá sem culpa ou pressão externa. 

A cultura da otimização nos fez acreditar que dá pra encaixar uma infinidade de compromissos na rotina. Mas aí veio a ressaca: o JOMO, “joy of missing out”, a valorização da solitude e da liberdade de se jogar no sofá sem culpa ou pressão externa. Mas será que não estamos exagerando na dose?

Embora muitas pessoas que passam boa parte do tempo sozinhas afirmem amar abraçar o JOMO, vale a pena parar pra questionar se não estamos glamourizando o isolamento e a introversão como uma resposta à dificuldade real de ter uma vida social satisfatória.

Trecho da reportagem “Is it time to make introversion uncool again?”, da Dazed

FOMO aspiracional: quando você identifica uma experiência interessante ou algo que pode tornar sua vida mais plena. FOMO de manada: o medo de ser deixado de fora de um encontro ou evento coletivo.

Definições de acordo com Patrick McGinnis, escritor norte-americano que cunhou o termo FOMO.

IDENTIFICANDO O SEU FOMO

Segundo Patrick McGinnis disse em entrevista ao The Atlantic, as pessoas deveriam dar ouvidos ao primeiro tipo, o FOMO aspiracional, que envolve abraçar possibilidades, e não evitar o perrengue.

Não é que você deva se esgotar tentando fazer tudo. O FOMO não é um mestre que você precisa seguir cegamente, mas uma cutucada no seu ombro lembrando que sua existência é passageira e que cabe a você decidir como aproveitá-la.

Trecho da reportagem “Your FOMO Is Trying to Tell You Something”, do The Atlantic

Cada vez que paramos pra analisar o que está por trás do medo de perder alguma coisa, entendemos melhor o que realmente é importante e ao que vale a pena dedicar tempo.