A Vingança Crocs

Para deleite de uns e desespero de outros, os sapatinhos mais esteticamente controversos (e confortáveis) de todos os tempos deram a volta por cima.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Para parte da humanidade, eles são uma versão-calçado da máscara do Jason, assassino de Sexta-Feira 13: a pura imagem do horror. Para outros, um sapatinho versátil e ultra confortável que pode tanto substituir a pantufa como compor o look de sábado à noite.

Amor e Ódio

Lançados em 2002 durante uma feira náutica na Flórida, como calçados para marinheiros, os Crocs viveram alguns anos de glória e se espalharam pelo mundo. Passado o frenesi, sumiram das ruas e foram relegados a chefs, enfermeiros e outros profissionais que trabalham de pé. Entre 2008 e 2018, a marca esteve a ponto de quebrar.

Durante o confinamento, os sapatinhos de borracha furada foram resgatados do fundo do armário e as vendas aumentaram em 60%. Pra muita gente, colocar o bem-estar à frente da estética foi um caminho sem volta. 

O produtor musical Questlove, por exemplo, apareceu de Crocs dourados na última cerimônia do Oscar. “A essas alturas da minha vida, quero conforto”, disse.

Surfando na onda desse revival inesperado, ao invés de criar novos modelos, a Crocs reformulou seus negócios para focar no tamanco clássico, que agora representa quase 75% das vendas.

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