Ser adulto não significava mais trabalhar, casar e ter filho. Em 2023, essa definição é bem elástica. ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
Legalmente, é fácil definir um adulto: pessoa que atingiu a maioridade. Já do ponto de vista biológico, a fase começa quando alguém chega ao ápice do crescimento e desenvolvimento do seu corpo. Mas o conceito do ponto de vista social é bem mais amplo, envolvendo também questões emocionais, intelectuais e de relacionamentos. Há algumas décadas, alguns fatores ajudavam a definir, socialmente, o que era ser adulto: ter um emprego, guardar dinheiro pra comprar ou já ter uma casa própria e, na grande maioria das vezes, casar e ter filhos. Hoje em dia, no entanto, esses marcos já não fazem sentido pra muita gente. Aqui, levantamos alguns pontos que indicam que ser adulto se tornou algo mais complexo.
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De um lado, a precarização do mercado de trabalho. Do outro, milhares de novas possibilidades que nasceram com a economia digital, como o home e o anywhere office. Além disso, quando têm a possibilidade, a geração Z e os millennials tendem a dedicar mais tempo aos estudos. Por essas e outras, a “firma” já não é, necessariamente, o habitat natural do adulto.
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Seja por opção, comodismo e, principalmente, necessidade, o fato é que, há uma década, 20% dos brasileiros entre 25 e 35 anos moravam com os pais. Em 2020, essa taxa bateu 25% e, provavelmente, deve ser ainda maior após a pandemia.
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> Autocuidado como prioridade
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Segundo um estudo da consultoria Deloitte, cuidar da saúde mental é mais importante do que avançar na carreira pra maioria dos que nasceram depois de 1980.
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A ética pessoal é um dos principais critérios pra escolher o tipo de trabalho e o empregador. De acordo com o mesmo estudo, duas em cada cinco pessoas da geração Z e dos millennials já rejeitaram um emprego e/ou tarefa por não concordar com os princípios envolvidos.
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Segundo levantamento feito pela DogHero, a idade dos donos de animais domésticos no Brasil vem diminuindo e, hoje em dia, a maioria deles tem entre 30 e 45 anos de idade. Já o número de casais sem filhos e com pets vem aumentando. Ser capaz de cuidar de um animal de estimação é quase um novo atestado de maturidade e compromisso.
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Segundo o estudo The Global Findex de 2018, organizado pelo Banco Mundial, o Brasil ocupa a 101ª posição do ranking, entre 144 países, quando o assunto é guardar ou investir dinheiro. Na época da pesquisa, menos de 6% dos brasileiros haviam poupado grana no período de um ano — em grande parte, devido à baixa renda.
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> Casar tarde, separar cedo
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Segundo relatório do Observatório Nacional da Família, o número de casamentos no Brasil sofreu uma queda de 10% de 2016 a 2019. A idade média de quem se casa saltou dos 25 anos em 1974 pra 31 e os casamentos com duração inferior a um ano triplicaram na década de 2010.
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A partir de várias pesquisas, o Professor do Departamento de Psicologia da Clark University Jensen Arnett definiu três coisas que as pessoas classificam como importantes pra definir um adulto:
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Dos “Três Grandes” — como o pesquisador chamou esses critérios —, dois são bem mais pessoais e subjetivos. Afinal, você até pode medir sua independência financeira, mas como definir se é independente nas suas decisões e responsável por si mesmo? E tem mais: apesar dos três marcadores se encaixarem na mentalidade de vários países, cada cultura acrescenta seus próprios valores à lista. Na China, por exemplo, as pessoas valorizam muito a capacidade de sustentar financeiramente seus pais. Já na Índia, ser adulto também envolve a possibilidade de manter sua família fisicamente segura.
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Não dá pra ignorar que se sentir adulto ou não é uma experiência fortemente influenciada pela condição social de cada um. Isso porque quem tem menos recursos financeiros muitas vezes precisa trabalhar e assumir grandes responsabilidades muito mais cedo. Além disso, apesar de todas as mudanças, ainda existe uma parte considerável da sociedade — principalmente pessoas mais velhas —, que enxerga o adulto como aquele que saiu da residência dos pais, possui um trabalho e uma situação financeira estável, é casado, tem uma casa própria… Por isso, ainda pode haver uma pressão pra ticar em todas essas casas. E como grande parte de ser um adulto passa pelo entorno tratá-lo como um, pode até bater aquela insegurança: será que sou adulto mesmo?
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Os debates atuais sobre o assunto levam a crer que se sentir adulto não é algo fixo. Principalmente quando se é jovem, essa sensação pode oscilar dependendo dos momentos. Por exemplo: muitas pessoas que se mudam da casa dos pais pra estudar se sentem adultas pra morar sozinhas, cuidar de suas necessidades básicas e sair. No entanto, não se sentem tão adultas assim ao resolver questões burocráticas ou se manter 100% financeiramente. Talvez, ser adulto hoje em dia passe por entender que você não precisa seguir nenhuma fórmula pronta, mas sim ter coragem pra viver a vida que deseja. Afinal, é preciso de ainda mais maturidade pra colocar o que acredita em primeiro lugar.
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