Pegar praia no Flamengo ou na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, sem correr risco parece milagre, mas é resultado do óbvio: investimento em saneamento básico.
Até pouco tempo, nadar na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, estava fora de cogitação pra qualquer pessoa que prezasse por sua saúde. Mas, com uns anos de atraso — a meta era melhorar a qualidade da água para os Jogos Olímpicos de 2016 —, algumas iniciativas de saneamento básico começaram a dar resultado. E pasme: já está rolando praia além do Leme.
Ocupando a baía
Uma das novidades é que a Praia do Flamengo tem estado em boas condições, após vários anos imprópria pra banho. Você piscou e o trecho conhecido como Praia do Catete já é um novo hotspot. No relatório publicado pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) no dia 23 de setembro, Urca e Praia Vermelha também estavam próprias.
Esse “milagre” é resultado da instalação de uma estação elevatória de esgoto na Praça do Índio e do desvio do Rio Carioca, que é extremamente poluído e desaguava na praia, pra um interceptor oceânico. Ao mesmo tempo, esse grande “túnel” que leva o esgoto da Zona Sul até o emissário de Ipanema foi desobstruído e voltou a funcionar normalmente. (Fonte: Veja Rio).
Reiventando Paquetá
Outra ótima notícia é que a maioria das praias da Ilha de Paquetá tem estado própria pra banho, abrindo mais uma possibilidade pro carioca se refrescar no calorão. Um ano atrás, isso era impensável.
Enfim, o necessário
Uma obra que começou em outubro de 2022 e durou 10 meses fez com que todo o esgoto produzido na Ilha de Paquetá deixasse de ser despejado na Baía de Guanabara. Uma nova estação de bombeamento foi construída e outras quatros foram modernizadas.
Um sonho
“Parece que é um sonho, mas se tornou realidade pra mim. É uma energia positiva. Há mais de 30 anos que não entro na água em Paquetá por conta da poluição”, contou o aposentado Mário Jorge de Souza, que nasceu no bairro em 1941, ao G1.
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Antes de pegar uma praia na Baía de Guanabara, cheque o boletim do Inea, que recomenda evitar o banho de mar nas primeiras horas após as chuvas e perto da saída de galeria de águas pluviais ou canais de drenagem.
Foto de abertura: Alexandre Macieira/Riotur
