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Como evitar roubadas em Lisboa no verão

Por
Ricardo Moreno
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Nossas dicas pro seu tão sonhado rolê pela capital portuguesa não ir ladeira abaixo.

Ah… as ladeiras poéticas de Lisboa, com suas sete colinas que inclinam-se em direção ao Tejo, no ponto onde o rio encontra o mar. Que delícia estar na Europa e, ao mesmo tempo, ter aquela sensação de familiaridade. Mas, no auge do verão, as pegadinhas se multiplicam mais do que os brasileiros com passagem só de ida — é preciso estar atento e forte pra não azedar o pastel de nata.

Bolinho de bacalhau em Lisboa | foto: jorge brazilian / wiki commons

Quem quer bacalhau?

Quando se trata de bolinhos de bacalhau em Lisboa, a expectativa pode ser alta. Mas a real é que, quase sempre, eles são massudos, servidos frios e sem crocância — isso quando não são aquecidos no micro-ondas. Há exceções, mas são raras. Antes de cair de boca, pergunte se são fritos na hora. Ah, e para os lisboetas, bolinho é pastel!

Bolinho de bacalhau com queijo da Serra da Estrela: invenção polêmica | foto: reprodução

Invencionice polêmica

E por falar em pastel de bacalhau, uma das polêmicas gastronômicas do momento na cidade envolve esse quitute em versão turbo: recheado de queijo da Serra da Estrela. Ok, as duas coisas são ótimas por separado, mas a mistura… Uns amam, outros odeiam (uma crítica local chamou de “obscenidade”), mas uma coisa é certa: o preço é surreal.

Vista de Alfama, em Lisboa | foto: simon burchell / wiki commons

A fama de Alfama

Embora Alfama seja um bairro que você deva visitar, convém evitar subir até lá nos fins de semana, principalmente devido à sua proximidade com o porto, onde muitos cruzeiros atracam, trazendo uma enxurrada de turistas. Aí, haja paciência pra fazer aquela foto épica no Miradouro das Portas do Sol.

O Elétrico 28, em Lisboa, que parte do Jardim dos Prazeres | foto: reprodução

Perdendo o bonde

Um dos passeios mais tradicionais da cidade é subir no Elétrico 28 e cruzar parte da cidade até Alfama e Graça. Mas só vale se você pegá-lo na primeira estação, no Jardim dos Prazeres. Assim, você garante um assento na janela, que é mais seguro e prazeroso — tanto pra apreciar a paisagem quanto pra manter seus pertences seguros.

Torre de Belém, em Lisboa: vale a pena toda essa fila? | foto: reprodução

Inferno na Torre

A Torre de Belém é um dos principais marcos históricos de Lisboa. Construída no século 16 como uma fortaleza defensiva, era ponto de partida das grandes explorações marítimas portuguesas. Por fora, é linda! Mas não vale o tempo na fila pra conhecer o seu interior. Além de sem graça, pode servir de gatilho pra quem sofre de claustrofobia.

Time Out Market, em Lisboa: calor e preços mais altos | foto: timeout

Sauna no Time Out Market

Em Portugal, tascas são aqueles bares ou tabernas encantadores onde você encontra comidas típicas a preços (normalmente) camaradas. Por que, então, você escolheria ir a uma praça de alimentação abafada, com música alta, mesões desconfortáveis e entupida de gente pra comer aquele mesmo polvo a lagareiro ou bacalhau à brás bem mais caro?

Ginjinha ou algum outro licor com pastel de nata: ressaca garantida | foto: reprodução

Doce ressaca

Pastel de nata é bom e todo mundo gosta. E, sim, você vai se deliciar com o quitute famoso vendido perto da Torre de Belém. Mas daí a sair pelo Bairro Alto tomando shots de licor aromatizado com o famoso doce… Popular entre os turistas, esse é o tipo de drink de uma noite só. No dia seguinte, você entende por que os lisboetas evitam.

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