Uma seleção de lugares pra conhecer no Brasil, as praias “secretas” da equipe The Summer Hunter e as nossas melhores dicas. ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏
Em pleno verão, elaboramos nossa listinha de viagens-desejo pra este ano que começa, com regiões, capitais e vilarejos pelo Brasil, que alimentam nosso estado de espírito solar, com muita natureza, cultura, comida e gente bacana fazendo coisas novas e interessantes. Tem praia vazia no Nordeste e cabanas isoladas na Mantiqueira; tem praia de rio no Pará e bairro cool em Floripa. Inspire-se e faça as malas, seja pra uma trip de feriado (2023 está cheio de datas prolongáveis!) ou, quem sabe, uma temporada de anywhere office.
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Apesar da penosa fila da balsa na temporada — que você pode evitar com o serviço de hora marcada — a ilha continua dando motivos pra voltar: seja o retorno do Festival Vermelhos, no ótimo Instituto Baía dos Vermelhos, seja pelas novas atrações do centrinho, como o Museu Náutico, ou pra conhecer alguma hospedagem inaugurada nos últimos tempos, como a belíssima Vila Siriúba e o simpático Porto Atobá. No vasto território preservado da ilha, também sempre tem uma praia ou cachoeira pra explorar que você ainda não conhecia, sobretudo pra quem se dispor a pegar uma trilha ou praticar uma atividade nova – já pensou em remar de canoa polinésia?
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São Miguel do Gostoso (RN)
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No ponto em que a costa do Brasil se volta ao norte, o vilarejo marca o início do litoral nordestino que se consolidou como o Havaí do kite e do windsurf. Se por um lado a cor do mar vai precisar de um filtro pra fazer bonito na foto, a vibe hedonista e o clima eternamente ensolarado fazem valer a viagem. A viela que leva à praia da Xepa tem um polo gastronômico cada vez mais charmoso, com novidades como o Oré Cozinha. Nos últimos dois anos, abriram mais clubes para ficar de bobeira na praia, como o espaço ampliado do Dr. Wind, na Ponta de Santo Cristo, além de imóveis de temporada bacanas como a Casa Gostoso e o Tapi da Vila.
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No começo de 2022, falamos sobre Rio Tavares, uma das caras do desenvolvimento do chamado Sul da Ilha. De lá pra cá, o bairro ganhou uma ciclovia e está mais “próximo” do vizinho Novo Campeche, lugar de predinhos recém-inaugurados, restaurantes e estúdios de yoga. O centro comercial Oka Floripa, que abriu há pouco tempo, vai nessa toada, com marcas regionais, salão de beleza sustentável e eventos frequentes. Além disso, a natureza ali já rende uma viagem toda: o trecho de praia vazia do Pico da Cruz, a trilha entre Açores, Solidão e Saquinho, a espetacular Lagoinha do Leste, a quase caribenha Ilha do Campeche, o tradicional Ribeirão da Ilha e a Lagoa do Peri, que acabou de receber o selo de sustentabilidade Bandeira Azul: está tudo no sul.
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A 300 km de Brasília, é ali que ficam algumas das cachoeiras mais fotogênicas da Chapada dos Veadeiros, com abundância de poços de água clarinha que varia entre o azul-turquesa e o verde-esmeralda. Algumas delas se preservam menos exploradas do que as das cidades vizinhas, muitas vezes pelo acesso restrito a quem encara trilhas mais longas — e novos atrativos vêm sendo abertos, como a Cachoeira do Príncipe, com acesso liberado em outubro dentro do sensacional Complexo do Prata. A infra da cidade tem ganhado mais charme, com restaurantes, lojinhas e casas de temporada de construção sustentável como a Terra Gaia e os chalés da Aurora.
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Serra da Mantiqueira (MG, RJ e SP)
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A expansão do mercado de imóveis de temporada e a moda do “turismo de isolamento” deixada pela pandemia fizeram pipocar chalés, lofts, domos, cabanas, tendas, casas em árvores, casas flutuantes e outros tipos de construções pelos quatro cantos da serra. Algumas ficam perto de cidadezinhas bacanas muito frequentadas no inverno, como São Francisco Xavier, São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal, Gonçalves e Visconde de Mauá — outras estão no meio do nada: se aconchegar no imóvel é o que faz a viagem, entre lareira, cobertor, vista para as montanhas e banho de ofurô. Vale fuçar na Holmy e no Airbnb.
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Icaraizinho, como é chamada, tem calmaria, bons ventos e a beleza natural do Ceará em estado puro. No Litoral Oeste do estado, o vilarejo vem chamando a atenção como uma alternativa mais roots e tranquila a Jericoacoara, tanto pra praticar esportes de vento (wind, kite, vela) como pegar uma praia vazia. Pousadas e hotéis de charme têm aportado por lá nos últimos anos, como o sofisticado Makena. Ainda não há propriamente um centrinho com densidade suficiente pra bater perna, mas a oferta de bares e restaurantes já impressiona. De lá, você também pode fazer passeios para as dunas chamadas de Lençóis Cearenses, além de visitar o mangue e lagoas.
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Belém e Alter do Chão (PA)
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Foi o chef Thiago Castanho que definiu Algodoal, a 165 km de Belém: “É a Jamaica paraense, com vários picos que tocam reggae e carimbó”, diz ele, que costuma praticar kitesurfe na bela Praia da Princesa. A capital do estado, Belém, também sempre vale a visita pela explosão de tropicalidade, sabores e ritmos que formam um caldo cultural tão único quanto os efeitos do jambu — aquela erva que faz a língua “tremer”. E Alter do Chão (PA) tem cada vez mais hospedagens autênticas, como a Casa Uru, e iniciativas de turismo de base comunitária (veja com a Vivalá).
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Recife é uma das capitais mais interessantes do Brasil — e não precisa nem pisar na praia. Inclusive, publicamos um miniguia do ótimo festival No Ar Coquetel Molotov, que rolou em novembro. Além dos programas clássicos, a boa é conferir destaques gastronômicos em regiões como Poço da Panela, com suas ruas de pedra arborizadas e casarões antigos que guardam lugares como o recente Terraço Capibaribe. Ou Encruzilhada, onde estão o Reteteu, do chef Thiago Chagas, e o Orô Cozinha Garimpo, dentro do histórico mercado do bairro. Em Olinda, estamos sempre de olho na programação do centro cultural Casa Estação da Luz, que abriu no fim de 2021 e tem como patrono ninguém menos que Alceu Valença. Também vale ficar esperto nas festas que rolam no Casbah, uma ótima vitrine da musicalidade da cidade.
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Mesmo pra quem já conhece, Inhotim pede ser visitada de novo e de novo. Em 2021, quando completou 15 anos, vieram duas novas obras pra coleção permanente, da gaúcha Lucia Koch e do baiano Rommulo Vieira Conceição. Em 2022, além de boas exposições temporárias, houve a volta do MECAInhotim, um dos festivais mais cool do país, e novos eventos passaram a ocupar o museu, como o festival gastronômico Fartura. E ano que vem tem mais: está prevista para o primeiro semestre uma galeria dedicada ao trabalho da japonesa Yayoi Kusama, retomando um processo de expansão suspenso desde 2016. Enquanto a hotelaria por ali ainda segue engatinhando, há novos imóveis de temporada (sempre eles), como o Domo Brumadinho.
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Nossas praias "secretas" favoritas
Onde a equipe do The Summer Hunter vai fincar o guarda-sol neste verão.
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O chef Thiago Castanho, que costuma praticar kitesurfe por lá, mandou bem ao definir: “Algodoal é a Jamaica paraense”. A ilha, que vibra ao som de reggae e carimbó, também tem praias lindas e lagoas mornas cercadas de cajueiros. O acesso de carros é proibido, o que preserva ainda mais o jeitão roots do lugar, que fica a 165 km de Belém. Não deixe de curtir um som no Bar da Pedra e no Espaço Cultural Princesinha. De resto? É só relaxar.
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Se você está em São Luís e não tem tempo pra ir até os Lençóis, que tal se contentar com as Fronhas? A cerca de 30 quilômetros, o município de Raposa é o ponto de partida pra essa espécie de micro-Lençóis, que cabe tranquilamente na programação de um feriadão na capital. Com duração de cerca de 4 horas, o passeio de barco inclui paradas pra banho em áreas de mangue, caminhada em dunas de areia e observação de aves típicas, como o guará-vermelho.
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Praia da Paciência, Salvador (BA)
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A pequena praia fica logo na entrada do bairro do Rio Vermelho, aos pés da famosa “Casa de Caetano”. Aos poucos, foi ganhando adeptos e está se tornando o novo ponto hype de Salvador, misturando moradores locais e a turma de modernos da cidade. Tem mar tranquilo e algumas formações rochosas que se transformam em piscininhas naturais pra curtir e prosear.
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Praia de Santo Antônio (BA)
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Muita gente desembarca no aeroporto de Salvador e já segue rumo ao Litoral Norte pela estrada Linha Verde com destino a Busca Vida, Itacimirim ou a famosa Praia do Forte. Mas quem quer sossego pode dirigir um pouco mais até chegar à Praia de Santo Antônio, pouco antes de Sauípe. Tem o mix clássico: areia branca, coqueiros, piscininhas naturais e mar azul.
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Na Costa do Cacau, entre Ilhéus e Itacaré, essa vila ainda tem um ar pacato e praia tranquila, o que atraiu muita gente ligada à permacultura nos últimos anos. Com muitas iniciativas sustentáveis, como o cultivo de agroflorestas junto à produção de cacau, a região, antes mais árida, vem retomando o seu micro-clima.
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Praia de Arapuca, Conde (PB)
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Entre a famosa Praia de Coqueirinho e a naturista Tambaba, a 38 km de João Pessoa, uma entrada quase imperceptível leva a esse paraíso praticamente virgem. Parece a Praia da Pipa: falésias rosadas, muito verde, areias claras e mar fluorescente. Mas, ao contrário do que rola na vedete do Rio Grande do Norte, nesta gêmea paraibana existe a chance de que não haja nenhum ser humano ao seu redor, mesmo no auge do verão.
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