Mais do que um destino solar e perfeito para quem curte se aventurar a dois em contato com a natureza, esse arquipélago do Pacífico Sul é fonte de inspiração em vários sentidos.
Com praias idílicas e alguns dos melhores picos de mergulho e surf do mundo, esse país repartido em mais de 330 ilhas tem muito a ensinar. Vivendo de acordo com o “Fiji Time” — ritmo pausado que desafia a ansiedade ocidental — os fijianos, que é como são chamados os nativos das Ilhas Fiji, definem a felicidade como um sentimento que deriva de “prazeres simples, calma e ter apenas o suficiente”, segundo estudo da University of the South Pacific.
Bula da felicidade das Ilhas Fiji
Ao desembarcar do outro lado do mundo, o viajante recebe doses desse alto-astral a cada bula, a palavrinha mágica que significa “vida”, mas serve pra oi, tchau e bem-vindo, ressoando por vários segundos — bulaaaaaaa —, sempre acompanhada de um sorriso. Por mais incrível que seja a natureza do país, o melhor de Fiji é o fijiano.


Mapa do paraíso das Ilhas Fiji
O ponto de partida pra qualquer viagem por Fiji é Nadi, em Viti Levu, onde fica o aeroporto internacional do arquipélago. De lá partem os barcos e hidroaviões para as ilhas Mamanucas e Yasawas, arquipélagos fijianos cujas praias gabaritam em todos os quesitos de paraíso tropical, com areia branca de queimar a retina e água azul turquesa.

Luxo e mochilão
Fiji é famosa por hotéis luxuosos, sob medida pra viver uma lua de mel no clima do filme A Lagoa Azul — que, por sinal, usou as ilhas Yasawas como cenário. Mas, com espírito de aventura, também rola se hospedar em bangalôs rústicos que vão fazer você se lembrar um pouco de Tom Hanks em Náufrago — rodado em Monuriki, no arquipélago das Mamanucas.

A onda do Kelly
Pra quem surfa, todos os caminhos levam a Tavarua e sua vizinha Namotu, no arquipélago das Mamanucas. Com resorts focados no esporte, essas ilhotas são as mais próximas ao lendário Cloudbreak, pico preferido do surfista Kelly Slater. A melhor época pra pegar onda em Fiji vai de março a outubro.
Em harmonia com a natureza
Cerca de 110 ilhas do arquipélago ainda são inabitadas e guardam florestas tropicais repletas de espécies endêmicas. Além disso, o arquipélago está cercado por alguns dos arrecifes de corais multicoloridos mais bem preservados do mundo, principalmente entre as ilhas de Taveuni e Vanua Levu, os paraísos do mergulho.

Os fijianos habitam essas ilhas do Pacífico há mais de 3 mil anos, ganhando o sustento com as belezas naturais que os cercam sem abusar delas — inclusive ao desenvolver o modelo de turismo do país, respeitoso com o meio-ambiente e a cultura local. Por essas e outras, o resto do mundo tem muito que aprender com eles sobre sustentabilidade. São conservacionistas natos.
Rodinhas de violão regadas a kava — bebida que dá uma leve embriaguez — e jantares à base de kokoda, versão local do ceviche, fazem parte da viagem, bem como chorar ao som de Isa Lei, a canção triste com a qual esse povo feliz diz adeus: “oh não se esqueça, quando você estiver longe dos momentos preciosos em Suva”, canta o refrão, como se alguém fosse capaz de varrer Fiji da memória.
foto de abertura: max / unsplash