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Burning Man: Let the motherfucker burn

Por
Eloa Orazem
Em
7 agosto, 2015

Tudo o que você precisa levar para o Burning Man está listado no manual na página do evento, mas tudo o que você precisa SABER sobre o festival está aqui, nas palavras do veterano Felipe Tarantino.

Felipe BM2

Faz parte do espetáculo ver o circo pegar fogo, mas você não precisa se queimar por isso. Para todos aqueles que já estão de malas prontas para o Burning Man, que começa no dia 30 de agosto em Black Rock City, no meio do deserto de Nevada, e para quem tá ensaiando uma viagem pra lá, numa edição futura, preparamos um “survival guide” diferente, feito com a ajuda de um especialista no BM.

O Felipe Tarantino é um brasileiro que não nasceu e nunca morou no Brasil. A certidão de nascimento dele prova que sua estreia nesse mundão aconteceu no Chile, mas ao longo de seus 30 e poucos anos, já morou em mais lugares do que eu visitei nas férias: Porto Rico, Miami, México, Suíça, Austrália… A brasilidade fica por conta da língua e dos pais – esses, sim, nascidos e criados em terras tupiniquins.

Bom, nessa volta ao mundo particular, Felipe estabeleceu morada em Los Angeles e é um habitué do Burning Man – a ponto de organizar seu próprio camp, junto com amigos.

Então, para quem quer encarar essa “guerra”, ouça bem o conselho do veterano, e tenha certeza que nenhuma das dicas listadas aqui consta no Survival Guide cuja leitura é obrigatória a todos os participantes.

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BM

1 – “A primeira coisa que eu aconselho aos meus amigos, conhecidos e desconhecidos que queiram se lançar na loucura do Burning Man é: ESTUDE! Pesquise muito. Pesquise tudo. Pesquise o máximo que puder. Saiba exatamente o que levar – dos protetores solar e labial às roupas adequadas. Mas tão importante quanto preparar a infraestrutura correta é entender o conceito e a filosofia do Burning Man. Lembre-se que o evento é participativo, e é importante entender minimamente o que rola ali. Devore artigos e vídeos que mostrem a cultura desse festival e até sentir-se preparado.”

2012 Burning Man

2 – “Traga e mantenha a mente aberta. É difícil, mas tente deixar as expectativas em casa e venha realmente livre e aberto para novas experiências – e eu não tô falando de putaria. O Burning Man é um mundo parte, e a gente se permite a interagir e viver coisas novas. É comum, por exemplo, passar um dia inteiro com alguém que você conhece apenas pelo primeiro nome, e não sabe muito (ou nada) além disso. Vocês podem dividir risadas e impressões, mas não necessariamente vão trocar telefone ou Facebook. A coisa toda é mais orgânica e espontânea, por isso é bacana que os participantes estejam realmente abertos a viver o festival.”

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3 – “Muita gente pode discordar, mas eu aconselho a ficar a semana inteira no Burning Man, se possível. É cansativo, eu sei, mas vale a pena. Pense que fazer parte desse evento é como uma viagem e, geralmente, a gente leva um tempo para superar o jet lag. Aqui não é diferente: é preciso uns dias para absorver toda a magnitude e singularidade da coisa. Ter a oportunidade de vivenciar todos os dias do evento dá aos Burners um período maior de adaptação e de curtição propriamente dita.”

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4 – “Mas no filtro solar, acredite.”

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