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Aprenda a explorar – de graça! – o melhor do mundo com o Two Free Guys

Por
Rafael Bittencourt
Em
12 junho, 2017

Quando André e Gui se conheceram, em 2008, eles logo souberam que passariam os próximos anos compartilhando também o tesão por desfrutar os quatro cantos do mundo. E a paixão por viajar sempre foi tão grande que se transbordou para o projeto Two Free Guys, em que o casal grava vídeos curtos com dicas incríveis de atrações e passeios “na faixa” por onde passam.

André Matarazzo (@andrematarazzo) é diretor de arte com diversos trabalhos premiados no Brasil e no mundo, e há algum tempo decidiu não firmar atual residência em lugar algum. Já Gui é Guilherme Abuchahla (@glhrmbchhl), um biólogo que faz questão de incluir mangues, uma de suas especialidades, nos roteiros de viagem.

Mas mesmo com backgrounds profissionais tão distantes, a escolha dos destinos é sempre feita em uníssono e sem hora pra se despedir. O prazer em comum e incomum de explorar o que o mundo tem de melhor e de graça talvez seja o principal ponto de partida para este casal de globetrotters.

E a partir de agora, Gui e André vão compartilhar com exclusividade aqui no The Summer Hunter algumas dicas para aproveitar, de GRAÇA, o melhor do verão pelo mundo. Mas para dar um gostinho do que vem por aí, batemos um papo com eles – que estavam na Tailândia – sobre o Two Free Guys e as delícias do nomadismo for free!

Contem pra gente: de onde surgiu a ideia de começar o Two Free Guys?
André: Nós sempre procurávamos passeios free, ou pelo menos superbaratos, porque a gente acha que é a melhor maneira de conhecer o que uma cidade tem a oferecer. Depois de ter passado nosso segundo ano em Amsterdã, notamos que tínhamos virado uma espécie de guia da cidade para todos e quaisquer amigos que sequer pensavam em visitar. Além disso, aqueles que visitavam eram levados por nós nesses mesmos programas grátis que tanto gostamos. Então em janeiro de 2017, pensamos: que tal deixar para turistas e curiosos um guia em vídeos bem curtinhos (coisa que não existia ainda) dos melhores passeios grátis de Amsterdã?
Depois de Amsterdã, a gente continuou viajando pra cá e pra lá, e os guias foram se alastrando pela Dinamarca, pelo Japão, por Hong Kong, pela Tailândia… E agora fazemos em todos os lugares que paramos.

Como é viver essa vida que muita gente sonha em ter?
André: Infelizmente não estamos dedicados a viajar pelo mundo ainda – falta patrocinador! Enquanto a gente vai – de fato – viajando muito, porque nossos trabalhos atuais permitem essa mobilidade de trabalhar em qualquer lugar, a gente aprende como é viver sem nenhuma conexão. A melhor parte é que todo o dia tem uma surpresa imensa e a gente tenta abraçar esse mundo novo. E também ampliamos nossos horizontes imensamente. Hoje, depois de ter viajado metade dos países do mundo, temos uma visão muito mais esclarecida do mundo em que vivemos, e isso não tem preço. A pior parte é que ficamos de fato bastante sozinhos. Embora estejamos sempre conhecendo gente nas viagens, os vínculos são frágeis.
Gui: Temos saudades dos amigos do peito que ficaram no Brasil e pelo mundo. Não temos muita constância nem na alimentação, ou atividade física, ou até mesmo saber para qual dentista ligar no caso de uma dor de dente. Tudo o que as pessoas nem pensam mais, a gente precisa ficar atento todos os dias.

E quanto tempo vai durar essa jornada?
André: Esperamos que ela não acabe mais, se ainda estivermos nos divertindo em fazer o conteúdo. Ter o objetivo de criar conteúdo enquanto viajamos é uma dedicação a mais – não é algo exatamente espontâneo. Dá trabalho. Mas o resultado nos permite curtir ainda mais o que nos aconteceu. Enfim, se isso um dia cansar ou acabar ficando um “peso”, a gente para. Se não a gente vai em frente. Por enquanto está muito divertido!

Como vocês escolhem o próximo destino? Já está definido?
André: Escolhemos aqueles lugares que gostamos de ir. Muitas vezes acabamos repetindo destinos, como passar um fim de semana na casa de amigos em algum lugar da Europa, já que estamos baseados lá. É barato, fácil de chegar e tem centenas de cidades interessantes para revisitar.
Gui: Estamos pensando agora se passamos uma parte de junho (o mês do equinócio) no norte da Europa para pegar um pouco do sol da meia-noite. Ainda não está certo, mas a gente resolve com pouco tempo de antecedência mesmo.

Vocês têm estilos diferentes de viagens? Um gosta mais de natureza outro de cidade, um mais do frio e o outro do calor, por exemplo?
André: Por incrível que pareça, gostamos das mesmas coisas. O Gui é biólogo especializado em manguezais, então onde existe qualquer pequeno mangue, ele quer visitar. Já eu sou apaixonado por montanhas e vistas bem dramáticas. Mas fora esses detalhes, somos extremamente compatíveis nos nossos desejos de viagem. Ah! E também ambos somos bastante pães-duros, o que ajuda!

Já aconteceu de vocês não quererem ir embora de algum lugar nunca mais
André: Sim, no Japão. O Japão é o único país – que aliás já visitamos cinco vezes – que sempre saímos arrastados, esperneando, muito entristecidos. Aquele país mexe conosco. Já pensamos muito em morar lá. Quem sabe um dia…

**Quais são os Top 5 programas grátis de verão pelo mundo?
**André: De maneira muito abrangente, diríamos:
01. Fazer o Shimanami Kaido no Japão
02. Ir para Folegandros, Milos ou Sifnos na Grécia e ficar jogado na praia e comendo nas pequenas vilas
03. Ir fazer o Hurtigruten no norte da Noruega
04. Alugar uma van e cruzar a Nova Zelândia de cima a baixo
05. Ficar perdido em Koh Lipe, na Tailândia

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