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Miniguia: as melhores dicas de viagem da Chapada Diamantina, na Bahia

Por
Adriana Setti
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As melhores cachus, os vales, as trilhas e as dicas para organizar um rolê pelas paisagens naturais da chapada mais impressionante do Brasil.

A 420 km de Salvador (BA), a Chapada Diamantina é a rainha das chapadas brasileiras: ali, vales imensos e montanhas de topo chapado guardam cachoeiras de toda sorte, grutas de água azulada e até uma planície alagada que é chamada de “mini Pantanal”. Entre cidadezinhas coloniais nascidas ao redor de um garimpo que funcionou por décadas, pousadas, lojinhas e restaurantes convidam a uma imersão pela cultura regional, com muito godó (um prato típico d baiano feito a base de carne e banana-verde), cozido de cacto e pastel de jaca no prato. A região é grande e requer deslocamentos longos para ser explorada: escolha pelo menos duas cidades para se hospedar e, de preferência, alugue um carro. Algumas atrações oferecem a contratação de guia na entrada; em outras, principalmente nas trilhas mais longas, é preciso contratar um previamente.

Chapada Diamantina, na Bahia | Foto: Matheus Seiji Goto/Unsplash

Vá com tempo

A cerca de 420 km de Salvador, no interior da Bahia, a Chapada Diamantina está espalhada por uma região imensa. Tendo em conta que os acessos são feitos majoritariamente por estradas de terra, e que há muitas atrações, programe pelo menos uma semana inteira ali. Se puder ficar 10 dias, melhor.

Esquema pinga-pinga

Para “ticar” as atrações mais conhecidas, o ideal é dormir em pelo menos duas cidades diferentes; se não, os deslocamentos podem ficar longos demais. Quem estiver de carro alugado tem mais autonomia para rodar pela região. Caso contrário, é preciso contratar o transporte de agências.

A cidade de Lençóis, na Chapada Diamatina, Bahia | Foto: Gleidson Santos

Base em Lençóis

É a cidade mais turística da Chapada, com uma boa coleção de pousadas, restaurantes e lojinhas distribuídos por um centrinho colonial colorido. Dali você pode visitar atrações como a Cachoeira do Mosquito, o Morro do Pai Inácio, as grutas Torrinha e Pratinha e o “mini Pantanal” Marimbus.

A boa de Mucugê

Minúscula, a cidade fica a quase 1000 metros de altitude e está cheia de lojinhas que vendem os morangos (!) plantados nos arredores. É a melhor base para conhecer a Cachoeira do Buracão, uma das mais impressionantes da Chapada, que despenca dentro de um cânion, além de cachoeiras como Funil e Fumacinha. Entre Lençóis e Mucugê ficam o Poço Azul e o Poço Encantado. No primeiro, dá para almoçar e fazer snorkel em uma gruta com um poço de água azul intenso. Já no segundo, a boa é admirar uma piscina igualmente azul dentro de uma caverna. Entre maio e setembro, o visual é ainda mais incrível, com a incidência direta da luz do sol em alguns horários.

Poço Encantado, Chapada Diamantina (BA) | Foto: Daniel Moreira

Pra chapar

Reduto hippie da Chapada, a cidade de Caetê-Açú guarda pousadas com terapias alternativas e lojas de ervas e artigos esotéricos. É ponto de partida para a trilha do Vale do Pati e a cidade mais próxima da Cachoeira da Fumaça, hit da região, com mais de 300 metros de queda.

O trekking dos trekkings

Uma das travessias mais desejadas do Brasil, a caminhada pelo Vale do Pati pode ser feita em três, quatro ou cinco dias. No trajeto, mirantes, grutas, rios, cânions e quedas d´água recheiam a paisagem. A experiência inclui passar a noite em casas de moradores da região, que também oferecem as refeições.

Pousada do Capão na Chapada Diamatina, Bahia | Foto: divulgação

Em Lençóis há opções de luxo como o Hotel de Lençóis e pousadas bacaninhas como a Solar Azul. Em Mucugê, a Pousada Mucugê tem instalações simples, mas um café da manhã inacreditável. Em Caetê-Açú, a Pousada do Capão conta com quartos com cama king-size e área deliciosa com jardim, piscina natural e restaurante.

Foto de abertura: Felipe Dias/Unsplash

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