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Pausa no cotidiano: um dia com Gabi Ometto na Bahia

Por
Thays Bittar
Em
21 fevereiro, 2018

A arquiteta paulistana Gabriella Ometto, 29, resolveu dar um tempo da vida que levava em São Paulo para ter uma nova experiência – pessoal e profissional – em uma comunidade em Piracanga, na Bahia.

“A intenção de passar esse tempo numa ecovila foi primeiramente profissional, com foco em autoconhecimento e algumas práticas de permacultura para aplicar no meu escritório, o Espaço Mude. Mas o que aconteceu é que o processo foi de dentro pra fora, do nível pessoal até se refletir no profissional”, conta.

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Ela já tinha planos de trabalhar com projetos de hortas em condomínios, pois além de dar uso a áreas permeáveis sem utilidade dentro dos prédios de São Paulo, sempre acreditou que esse tipo de iniciativa tem um incentivo de convívio coletivo que a sociedade precisa. “Vivemos cheios de medos, inseguranças e descrenças. E nos unindo podemos reconhecer nosso poder de transformar nossa cidade em um lugar muito mais agradável de se viver”.

Quatro meses depois, Gabi voltou renovada. E cheia de ideias.

E aqui ela conta essa transformação em texto e fotos, clicada pela amiga Thays Bittar.

“Quatro meses se passaram. Durante (quase todos) esses 120 dias, vivi em uma comunidade, morei com 30 pessoas diferentes, acordei às 7 horas da manhã, aprendi a cozinhar, vi-ci-ei em chá, tahine preto e coco seco. Sujei as mãos de terra, ajudei a construir uma casa, um viveiro e uma agrofloresta. Dancei em roda todas as vezes que eu pude. Fiz aula de tecido, fiz aniversário! Recebi visitas maravilhosas. Fiz meu mapa Astral, aprendi a ler Aura, agora sei me curar com reiki e tem muita novidade do @espaco.mude chegando pra colocar em prática e apresentar para o mundo!

Vi o sol nascer nas noites de insônia, acampei na praia, vi o arco-íris de todas as formas possíveis. Me encantei e me decepcionei. Me apaixonei por corações de todos os lugares. Fui acolhida e acolhi. Fiz uma nova família! Senti mais frio do que calor. Viciei em Itacaré e ainda não sei como vou substituir minhas maratonas de 10 quilômetros de praia deserta. Reafirmei a melhor escolha de sócia-amiga-parceira que eu poderia fazer na vida e volto com o coração transbordando de gente nova nesse barco!

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Foram milhares de mergulhos em água doce e salgada, rasa e profunda, externa e interna. Peguei as maiores ondas da minha vida e quase morri afogada em alguns mergulhos que dei. Mas voltei! E a cada volta para superfície respirei um ar novo. Me sinto boiando junto ao rio calmo. Aquele rio que mudou e muda todos os dias. A cada novo dia um novo suspiro, a cada novo suspiro uma nova possibilidade de ser mais. Obrigada vida!”

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