Places

Usina de arte: um museu a céu aberto na Zona da Mata pernambucana

Por
Adriana Setti
true

Uma imersão na arte contemporânea, em um grandioso museu a céu aberto, a Usina de Arte trouxe vanguarda e novos ventos à Zona da Mata pernambucana.

Arte contemporânea de alto nível e um jardim botânico se misturam a um projeto de reflorestamento e turismo comunitário, dando nova vida à antiga usina de cana-de-açúcar Santa Terezinha, em Água Preta. A Usina de Arte tem uma agenda cultural vibrante, além de programas pra quem curte fazer trilha, pedalar e estar em contato com a natureza. A visita é gratuita.

ESPORTES
caminhada / bike

NATUREZA
jardim botânico / mata nativa / cachoeira

ROLÊS
arte ao ar livre / festival / trilha

BOM PRA
respirar cultura e ar puro

MELHOR ÉPOCA
outubro, novembro, março e abril

A céu aberto

Inauguração da obra Generator, de Marina Abramović | Foto: Andrea Rego Barros
Obra Diva, de Juliana Notari | Foto: Andrea Rego Barros

A propriedade reúne mais de 45 obras de artistas brasileiros e internacionais, a exemplo da recém-inaugurada Generator, da sérvia Marina Abramović; da impactante Diva, uma “ferida-vulva” de 33 metros que se abre em uma colina, assinada pela recifense Juliana Notari, e do Hangar José Rufino, recheado com instalação do artista paraibano.

Obra Brasil 2017, Paulo Bruscky | Foto: Andrea Rego Barros
Foto: Andrea Rego Barros
Tinha que acontecer (Cabeça de Bandeirante), de Flávio Cerqueira | Foto: Andrea Rego Barros

Além de sua proposta artística, a propriedade mantém um ambicioso projeto de preservação e reflorestamento dos seus mais de 30 hectares, que guardam pelo menos cinco mil espécies.

História

Inaugurada em 1929 pela família Pessôa de Queiroz, a Usina Santa Terezinha teve seu apogeu nos anos 1950 e funcionou até 1998, quando uma grave crise assolou a região, fazendo com que a empresa encerrasse suas atividades na Zona da Mata de Pernambuco.

Foto: Andrea Rego Barros
Foto: Andrea Rego Barros

A virada veio em 2015, pelas mãos de Bruna e Ricardo Pessôa de Queiroz, com a abertura da Usina de Arte, que além de dar nova vida ao lugar, envolveu a comunidade em suas atividades, tanto no turismo que surge a partir daí, como na concepção das obras — a ideia é que os artistas passem alguns meses na região pra interagir com a cultura local e mergulhar na paisagem.

Caminhar e pensar

Foto: Andrea Rego Barros

Entre obras de grande porte, lagos que espelham o entorno e o paisagismo espetacular, o percurso convida a refletir sobre questões ambientais e repensar a história da região, que passa pela escravidão e pelas as culturas provenientes das populações indígenas.

Outros rolês

Foto: Andrea Rego Barros


Fazer trilha ecológica, tomar banho de bica, ver o pôr do sol da Serra da Pedra e visitar uma casa de farinha são outros programas possíveis nos arredores. A Raiz Ecotrilha organiza passeios. Em novembro, o Festival Arte na Usina traz oficinas, cursos, palestras, filmes, encenações teatrais, shows e outros eventos.

Onde ficar e comer

Mandacaru Abacate | Foto: divulgação
Foto: divulgação

Mandacaru Abacate
A 1,5 km da Usina de Arte, essa pousada simples tem quartos que se abrem pra uma varanda repleta de plantas. Também conta com camping, redário e um bom restaurante.

Jardim Botânico
É o lugar mais à mão pra almoçar ou jantar pertinho da usina. Vai do peixe à pizza e tem drinks caprichados.

Hospedagem caseira
No perfil da Usina de Arte no Instagram você encontra os contatos dos moradores locais que alojam em suas casas.

Crédito de imagem de abertura: Andrea Rego Barros

abandono-pagina
No Thanks