Elza Soares, Baco Exu do Blues e Pabllo Vittar, exibição de filmes e festas como a Croma e DOMply são apenas alguns dos motivos para você não deixar de ir no festival que rola de 29/6 a 1º/7.
Um dos festivais mais aguardados do ano, o MECAInhotim volta a ocupar os gramados do maior museu a céu aberto do mundo no último fim de semana deste mês, de sexta (29/6) a domingo (1º/7). Ainda há tíquetes individuais (R$ 90, sexta e domingo; e R$ 180, sábado + doação de um livro). Eles podem ser comprados aqui. As pousadas e hotéis na região de Brumadinho, Contagem e Betim estão lotando rápido, mas dá tempo de conseguir um espaço. E para te ajudar no exercício de convencimento de voar (ou dirigir) até lá, elencamos 14 motivos que fazem desta quarta edição do MECAInhotim um evento imperdível.

01
Assistir ao novo show da Elza Soares, na noite de sábado, cujo excelente disco Deus é Mulher foi lançado há um mês. Aos 87 anos, a cantora carioca segue sendo uma das vozes mais potentes – e conscientes – da MPB. Fique atento à “Deus Há de Ser”, faixa que encerra o disco e foi composta por Pedro Luis.

02
Ter a oportunidade de visitar – ou revisitar – o maior museu a céu aberto do mundo em horários alternativos, quando normalmente está fechado para o público. Acredite: se deparar com obras como a Magic Square # 5, de Hélio Oiticica, depois de o sol se pôr, consiste numa experiência totalmente diferente. E é ali, no seu entorno, que rolam os principais shows do MECAInhotim.

03
Emendar a sexta-feira para assistir ao show de Baco Exu do Blues, um dos nomes mais afiados e festejados do novo rap nacional, que rola por volta da 1h da madruga. No mesmo dia, a partir das 17h30, também há apresentações de A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante, JP (19h20), Iconili (21h10) e Alice Caymmi (23h).

04
Aproveitar as festas que rolam depois dos shows, nas noites/madrugadas de sexta, sábado e domingo. Estão escalados para comandar os pick-ups alguns dos nomes mais animados da cena brasileira e gringa, a exemplo de Mooc, Croma, DOMply, Mareh, Venga Venga!, Joakim, Omoloko, Carlim e Valesuchi, entre outros.

05
Ter a oportunidade de presenciar, na noite de sábado, o reencontro dos músicos da banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado, que encerrou suas atividades oito anos atrás. O retorno, marcado para às 23h30, é pautado pelo novo disco do grupo, “Viagem ao Coração do Sol”, que foi lançado em março.

06
Também no sábado, ver as composições poéticas e arranjos delicados do fluminense Rubel (17h30), que lançou neste ano o seu segundo disco, “Casas”; e a força feminina insuperável de Letícia Novaes, a Letrux (19h30), autora de faixas vigorosas como “Que Estrago” e outras mais malemolentes, a exemplo de “Puro Disfarce”. (Leia aqui a entrevista que fizemos com ela.)

07
Entender porque Pabllo Vittar é o nome mais respeitado do pop atual, na noite de encerramento, no domingo, às 23h. Pabllo acabou de gravar seu segundo álbum, em Los Angeles, e não descarta a possibilidade de apresentar temas inéditos.

08
Também no domingo, a partir das 17h30, ver apresentações da banda gaúcha Gelpi, dos roqueiros paulistanos da Jules (19h20), e do cantor e produtor soteropolitano Kafé (21h).

09
Ser o primeiro a assistir à cinebiografia do Planet Hemp, “Legalize Já”, de Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, que antes mesmo de chegar aos cinemas (a estréia oficial está programada para outubro), já está dando o que falar.

10
Ver, também, os outros filmes presentes na mostra de cinema do festival intitulada “Profissão: Artista”, que tem curadoria de Antonio Grassi, diretor-executivo do Inhotim. Estão programadas a exibição de quatro longas e cinco curtas. Entre eles, o documentário “Divinas Divas” (2016), de Leandra Leal, que conta a história de algumas das primeiras artistas travestis do Brasil, no anos 1960; e de “Todos os Paulos do Mundo”, uma homenagem aos 60 anos de carreira do prolífico ator Paulo José.

11
Os curtas-metragens foram produzidos pelo Instituto Inhotim e mostram o making of da construção das galerias dos artistas Doris Salcedo, Adriana Varejão, Tunga, Matthew Barney e Doug Aitken.

12
Participar dos bate-papos que acompanham a exibição dos filmes. Entre os convidados estão Débora Falabella, Marcelo D2, Amir Haddad, Johnny Araújo e Renato Góes.

13
Participar das oficinas, todas gratuitas, que acontecem durante todos os dias do festival.

14
Descobrir, no decorrer de 72 horas, por que o MECA se tornou a mais incrível e inspiradora plataforma cultural do Brasil. Ela consegue reunir uma turma heterogênea de jovens e não-tão-jovens que adiantam tendências não só na moda mas também no consumo e nas atitudes. Ou seja, você sairá de lá inspirado e alinhado com o que de mais moderno e sustentável está acontecendo no mundo.

Foto de abertura: Jorge Ben Jor no MECAInhotim 2017 | Helena Yoshioka/I Hate Flash