Vibes

Fique de olho no breaking brasileiro

Por
The Summer Hunter Staff
true

O Brasil vai sediar a final mundial do Red Bull BC One, o campeonato mais importante da modalidade, dando mais visibilidade à cena nacional dessa arte de rua que estreia como esporte olímpico em Paris.

Acrobático e hipnótico, o breaking será uma das novas modalidades nos Jogos Olímpicos Paris 2024, trazendo novos ares à competição, no caminho do surf e do skate. Você também vai ouvir falar dessa arte de rua porque, em dezembro, a final mundial do Red Bull BC One vai rolar no Rio de Janeiro, reunindo os maiores b-boys e b-girls — e a final nacional acontece no dia 3 de agosto, em São Paulo.

Leony, b-boy - breaking brasileiro
Leony | Foto: Little Shao / Red Bull Content Pool

“Nosso principal diferencial no breaking está no tamanho e na diversidade cultural do país, o que contribui pra que cada breaker entregue um trabalho único e com um tempero brasileiro.”

Leony, b-boy pentacampeão nacional do Red Bull BC One 

Leony no Red Bull BC One Camp Brasil, em São Paulo, julho de 2023 | Vídeo: Red Bull Content Pool

Do Bronx pro mundo

O breaking nasceu nas ruas de Nova York nos anos 1970 e se espalhou pelo mundo na década seguinte. Foi quando desembarcou no Brasil, começando pela estação São Bento do Metrô, em SP, onde o rapper Thaíde passou a treinar, influenciando as primeiras crews brasileiras, como Panteras Negras, Dragon Breakers e Back Spin.

Thaíde na estação São Bento do metrô, em São Paulo, nos anos 1980 | Vídeo: TV Cultura

“O Brasil está vivendo o melhor momento do breaking, com várias coisas acontecendo: eventos, workshops, brasileiros indo disputar campeonatos fora, estrangeiros vindo competir aqui… E deve ficar ainda mais bacana com os Jogos Olímpicos, que vão atrair a atenção de pessoas que nunca tinham olhado pro nosso mundo.”

Pelezinho, b-boy responsável pelo workshop de breaking apresentado por Red Bull na Casa The Summer Hunter em São Paulo

Pelezinho, b-boy - breaking brasileiro
Pelezinho | Foto: Oranduu / The Summer Hunter

Esporte olímpico

As competições estruturadas de breaking surgiram no começo dos anos 1990, tendo como marco a primeira International Battle of the Year, nos EUA. Agora, a modalidade salta a um novo patamar, com 16 B-Boys e 16 B-Girls competindo nos Jogos Olímpicos em 9 e 10 de agosto, na Place de la Concorde, em Paris.

Toquinha, b-girl - breaking brasileiro
B-girl Toquinha no Red Bull BC One Camp Brasil em São Paulo, em Julho de 2023 | Foto: Fabio Piva / Red Bull Content Pool

O Brasil não terá representante em Paris, já que o b-boy Leony Pinheiro e a b-girl Mayara Collins, conhecida como Mini Japa, não conseguiram vagas no Olympic Qualifier Series (OWS), que rolou na Hungria. Mas 2028 está logo ali.

Crédito da foto de abertura: Marcelo Maragni / Red Bull Content Pool