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Off record: o lado Esteves de Mariana Goldfarb

Por
Eloá Orazem
Em
11 fevereiro, 2016

Esqueça as revistas de moda, porque a combinação certeira para todos os verões é pele dourada e cabelo levemente alourado pelo sol – melhor ainda se vier acompanhado por um autêntico sotaque carioca, como prova a modelo e apresentadora Mariana Esteves Goldfarb, de 24 anos. Depois de desfilar a sua boa forma nas praias de norte a sul do Brasil, Mariana deu o ar de sua graça em diversas campanhas e trabalhos internacionais, sobretudo na Europa, que não se atreve a resistir à nossa beleza latina e sem esforço. Atualmente ela é embaixadora da Oyska Solar e está à frente do programa “Ilhas Paradisíacas”, levado ao ar pelo Canal Off e que a obriga a viajar por e para todos os continentes, se aventurando em alguns dos cartões postais mais cobiçados do mundo. Apesar de já ter visitado tantos lugares de incomparáveis encantos, o que Mariana ainda não percebeu é que a real beleza descansa mesmo é no reflexo do espelho.

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Com tantas entrevistas no currículo, você já deve estar craque em falar de si, né?
Para ser sincera, são coisas que acontecem espontaneamente; não corro atrás de oportunidades assim. Falar de mim não é a minha praia, mas eu lido bem com tudo isso.

Parece mesmo. Em conversa à revista Trip, alguns anos atrás, você foi marcante pela sinceridade. Continua honesta do mesmo jeito?
Pois é, essa reportagem na me ensinou muito. Continuo pensando da mesma forma, sou bastante sincera, mas acho necessário escolher melhor as palavras. Hoje, mais madura e com mais tempo de estrada, sou um pouco mais seletiva com as coisas que falo – mas não deixo de ser verdadeira nunca!

E você imaginava que a sua carreira tomaria tamanha proporção?
Minha vida é cheia de clichês bons, e eu acho tudo isso o máximo; sou muito grata por todas as oportunidades que tive. Sei também que eu ralei e ralo muito, e nunca tive de puxar o tapete de ninguém para conquistar as minhas coisas. Sempre acreditei em fazer o bem, em ser legal com todo mundo, e tenho certeza que os frutos que colho hoje são resultado do meu suor e do meu caráter.

Mas com certeza você não vai parar por aqui, né?
Ah, eu ainda quero muita coisa! Gostaria de passar uma temporada fora do Brasil, por exemplo, mas por enquanto meu foco é cumprir (e fazer bem feito!) os compromissos que tenho por aqui, tanto como modelo como apresentadora do Canal Off. Outra meta que alimento é a de retomar e concluir a faculdade de jornalismo, além de buscar o diploma em marketing também. Tive de trancar duas faculdades – direito e jornalismo – por conta do volume de trabalho, mas estou decidida a levar a segunda até o fim.

Já faz um tempo que você está no Canal Off. Como foi que rolou?
Tive a sorte de encontrar um canal bacana, que reúne uma equipe igualmente gente fina. E apelando à minha habitual honestidade, confesso que quando estava fazendo os testes para apresentar o programa, não tinha muita ideia do estilo do show, então nem apareci na segunda rodada de seleção, porque não estava segura que a proposta dialogava com os meus valores. Depois que tive a chance de conversar melhor com os produtores foi que entendi que aquilo tudo tinha muito a ver comigo e com as coisas que queria pra mim.

Passado esse tempo em que você vem atuando como modelo e apresentadora, já podemos dizer que está confortável em sua própria pele?
Lido melhor com as minhas inseguranças, mas ainda as tenho. Acho que não estar plenamente satisfeito é uma coisa de ser humano, não apenas da mulher. Também pesa o fato de o meio em que eu trabalho ser reconhecidamente paranoico com as questões estéticas: você começa a ver coisa onde não tem. Estou aprendendo a me aceitar mais e gostar do reflexo no espelho – e parte dessas conquistas devo aos meus pais, que são meu porto seguro nessa vida.

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E como eles reagiram diante do ensaio sensual que você fez para a Trip?
Meu pai ficou maluco, minha mãe nem tanto. Mas acho que no final das contas eles só me querem feliz – e esse projeto é algo que eu não me arrependo. Me senti linda!

Mas você dá ouvido aos conselhos deles?
Sempre e cada vez mais. Eles estão do meu lado nas horas boas e sobretudo nas ruins. E constantemente abrem os meus olhos para coisas que às vezes eu custo a enxergar. Eles me guiam e me lembram que nem todo mundo que cruza o caminho da gente quer o nosso melhor. Verdade seja dita, eu sou bastante teimosa, mas tenho aprendido a ser melhor ouvinte. Minha irmã mais nova, por exemplo, é aquele anjinho sussurrando ao ouvido, como nos desenhos animados, sabe?

Ela quer seguir os passos da irmã mais velha?
Não, nem um pouco. Ela é maravilhosa, mas não tem paciência para lidar com esse mercado…

Paciência?
É, porque as pessoas te tratam como um objeto; como um cabide. E eu adoraria pensar que isso é algo raro, mas não é. Por isso gosto tanto do Canal Off, porque lá tenho respeito.

E você tem se cuidado mais?
Acho que todo mundo precisa se esforçar mais se quiser ir mais longe. Eu, por exemplo, comecei a correr. Como estou começando, ainda pratico na esteira, que é mais fácil, mas já começo a ver os resultados. Sempre pratiquei esportes – muay thai, surfe e outros –, mas as mudanças que percebo no meu corpo são graças à academia, que também mudou a minha rotina e me deixou mais disciplinada.

Falando em tantas mudanças, continua firme na decisão de sair da casa dos pais e morar sozinha?
Na verdade, eu penso em morar com o meu namorado. Estamos juntos há 10 anos – ele é o meu amor dos tempos de escola. Mas por enquanto o foco mesmo é a carreira, que me leva muito a São Paulo. Passo praticamente a semana em São Paulo e os finais de semana no Rio.

Fazer as malas e adotar São Paulo não faz sentido, então?
De jeito nenhum! Amo São Paulo e suas maravilhas: a gastronomia, a cultura, a noite, o serviço… Mas nem consigo pensar em ficar longe do meu Rio e suas praias. Não tira a minha praia!

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Você vai à praia sozinha mesmo?
Vou de todo jeito. Se tiver sol, lá eu estou – sozinha ou acompanhada. É legal ir com os amigos para bater-papo e matar as saudades, mas quando vou avulsa aproveito para pensar na vida, ler meus livros e me entregar aos esportes. Aliás, sem plateia às vezes é até melhor, porque ninguém fica sabendo dos nossos caldos! [risos]

E mesmo assim sairia do Brasil?
Por um tempo, sim. Acho que devo ir morar na Alemanha, porque tenho passaporte europeu e isso facilita os trâmites, mas meu sonho mesmo é morar em Nova York.

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Você já teve a chance de trabalhar com gringos, a exemplo das fotos para a campanha da Oyska. Sentiu que é muito diferente?
Achei, sim. Os caras parecem que respeitam mais os nossos horários e profissão; não te diminuem por ser isso ou aquilo, sabe? Não quero minimizar os brasileiros, mas acho que precisamos de maturidade para lidar com as críticas: temos de olhar nos olhos dos nossos defeitos e assumir que precisamos mudar algumas coisas.

Segue ela
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