A falta de meios pra lidar com a higiene íntima atrapalha a vida de quem menstrua em vários aspectos — e o perrengue se agrava em situações críticas. Como ajudar a mudar isso?
O ciclo que deveria ser encarado com naturalidade acaba se tornando um problemão pra quem vive na pobreza menstrual, ou seja, sem acesso a produtos, educação e infraestrutura pra cuidar da higiene íntima durante a menstruação.
Pobreza menstrual no Brasil
— 25% das pessoas que menstruam não tem acesso a produtos adequados.
— 55% já improvisou por falta de dinheiro pra produtos adequados.
— 66% das pessoas em pobreza menstrual são negras.
Fontes: dados do Espro, da ONU e da Unicef
Uma em cada dez pessoas que menstruam falta às aulas durante o período menstrual por falta de absorventes, segundo dados globais da ONU. No Brasil, esse número é ainda maior: uma entre cinco já deixou de ir à escola, segundo pesquisa do Estudo Social Profissionalizante (Espro).
Impactos da pobreza menstrual
— Restrição na vida social/educacional por constrangimento.
— Medo de sofrer bullying.
— Problemas de saúde por falta de higiene.
— Baixa autoestima.
— Sentimentos negativos em relação à menstruação e ao próprio corpo.
“Esses desafios representam acesso desigual a direitos e oportunidades, o que contribui pra retroalimentar ciclos transgeracionais de inequidades de gênero, raça, classe social, além de impactar negativamente a trajetória educacional e profissional.”
Trecho do relatório Pobreza menstrual no Brasil: desigualdades e violações de direitos, da Unicef
SOS RS
Em situações críticas, como a gerada pelas enchentes do Rio Grande do Sul, o número de pessoas em pobreza menstrual aumenta drasticamente, ao mesmo tempo em que o acesso a banheiros dignos, água corrente, papel higiênico e outros recursos básicos de higiene diminuem.
O acesso a produtos menstruais de qualidade ajuda a devolver dignidade às pessoas afetadas pelas enchentes.
Produtos menstruais reutilizáveis
— Garantem segurança menstrual por cerca de quatro anos.
— Representam 60% de economia.
— Reduzem os resíduos menstruais.
Como ajudar?
Acessando o site pobrezamenstrual.com, você pode se unir ao #pantysprotest, fazendo uma doação ao Rio Grande do Sul — revertida em produtos reutilizáveis.
