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O dolce far niente de verão traduzido no traço feminino de Brunna Mancuso

Por
Rafaela Mercaldo
Em
11 janeiro, 2021
Em parceria com

Aquarela, cerâmica e o bordado são as formas de expressão para suas figuras femininas, que desabrocham em flores e gestos inconfundíveis.

Mulheres. Olhos, bocas, seios, sardas. Nada passa despercebido pelo traço de Brunna Mancuso (@brunnamancuso), artista visual e ilustradora paulistana apaixonada por técnicas manuais. Aquarela e, mais recentemente, a cerâmica e o bordado são as formas de expressão para suas figuras femininas, que desabrocham em flores e gestos inconfundíveis. Para LIVO, ela imaginou uma de suas personagens num dolce far niente de verão. Vem conhecer mais sobre criação e criadora neste pingue-pongue exclusivo Aos Inquietos.

Quem é Brunna Mancuso?

Sou artista visual e ilustradora, nasci e cresci em São Paulo e me formei em Artes Visuais pela FMU em 2014. Tenho 32 anos, amo café, pintar aquarela e passear com minha cachorra no parque.

Quando se deu conta que tinha veia criativa? 

Meu primeiro emprego — aos 16 anos — foi numa gráfica pequena no bairro em que cresci. Durou pouco tempo, mas depois disso trabalhei muitos anos com design gráfico e, depois da faculdade, comecei a trabalhar com ilustração também.

Quais foram seus primeiros contatos com os desenhos e a ilustração?

Entrei na faculdade de design bem cedo e comecei a ter aulas de desenho de observação. Ao longo dos anos fiz vários cursos de desenho e design gráfico, o que me ajudou muito na percepção visual e no desenvolvimento da minha linguagem. 

A artista visual paulistana Brunna Mancuso: aquarela, cerâmica e bordado como formas de expressão | Crédito: divulgação

Quais foram os primeiros e também os mais importantes projetos profissionais?

O meu primeiro projeto muito importante, e também o projeto que ganhei o prêmio Jabuti de 2017, foi o livro que ilustrei para o projeto Kidsbook (Leia Para Uma Criança) do Banco Itaú. Me abriu muitas portas!

Você costuma ter um tema principal ou recorrente?

Desde 2016, o meu foco tem sido na figura feminina. O meu interesse em retratar o universo feminino teve um crescimento muito natural e orgânico ao longo dos anos, e eu fui deixando acontecer. Começou por um interesse estético, e aos pontos coloquei meus medos, desejos e anseios em cada mulher que eu retratava.

Quem são suas referências?

Minhas maiores referências, sem dúvidas, são os pintores modernistas, como Picasso e Edouard Vuillard. Amo muito as ilustrações do começo do século 20 e as gravuras japonesas do século 18.

O que podemos esperar para este ano?

Quero me reconectar com a pintura. Muita coisa mudou dentro de mim no último ano, e estou sentindo essa necessidade de me reinventar e buscar em outras técnicas a mesma conexão que eu tive com a aquarela. Isso já está acontecendo muito com a cerâmica e o ponto russo, bordado que estou desenvolvendo a técnica no momento — e muito apaixonada!

Conta um pouco sobre o trabalho escolhido para circular na plataforma LIVO?

Acho que um dos desafios foi retratar uma mulher que não fosse tão melancólica! Mesmo mantendo um pouco dessa melancolia na paleta de cores, eu adorei como o meu estilo encontrou a essência da LIVO. 


Aos Inquietos

A LIVO acredita no poder das conexões. Que boas ideias são transformadoras. E que o mundo é colaborativo. Por isso, criou o canal "Aos Inquietos", junto com o The Summer Hunter, para contar quem são os criativos que estão circulando arte sob um novo ponto de vista. Onde? Nas flanelas que acompanham todos os óculos da LIVO é possível ver os trabalhos de gente criativa e inquieta. Gente de talento e visão. Vem ver. Leia todos os posts aqui.
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