A artista, que já apareceu em projetos do Spotify e da Adidas Originals, agora criou com a gente uma estampa exclusiva — e super solar — para as flanelas que acompanham os óculos da LIVO neste mês de novembro.
As obras minimalistas da artista paulistana Camila Cherobin (@_camilacherobin) exalam leveza por entre formas sólidas. Suas composições abstrata em traços geométricos puros jamais perdem a delicadeza. Foi após um período em Barcelona que ela decidiu trocar o jornalismo pelos pincéis e tintas. O que começou despretensiosamente, virou profissão e os frutos vieram em quadros, painéis, ecobags, cadeiras e trabalhos em paredes inteiras. Venha deslizar suavemente pelo trabalho de Camila neste papo exclusivo.
Quem é Camila Cherobin?
Uma pessoa com muitas ideias e planos para o futuro.
Quando se deu conta que tinha essa veia criativa?
Em 2016, trabalhando numa agência, me dei conta que ficar na frente de um computador por muito tempo e levar uma rotina monótona não era pra mim. Foi então que decidi criar uma marca e começar a trabalhar minha criatividade artística com projetos ligados ao design de interiores. Percebi que era isso que me fazia vibrar de verdade.
Quais foram seus primeiros contatos com os desenhos e a ilustração?
Passei uma temporada em Barcelona em 2018, onde vivia rodeada de novos estímulos e referências. Dessas referências surgiu o insight sobre as pinturas em tecido. Fui pesquisando, criando afinidade e curiosidade com o abstrato, tentando entender o que eu queria comunicar com as minhas pinturas. É um processo, e tá sendo ainda. Eu sigo nesse movimento constante de transformação.
Quais foram os primeiros e também os mais importantes projetos profissionais?
O primeiro trabalho com mais visibilidade foi o projeto Escuta as Minas, da Casa Spotify. Na sequência veio o convite para uma campanha internacional da Adidas Originals e o desenvolvimento da fachada do novo endereço da sorveteria Frida & Mina, em São Paulo. Neste ano, fiz duas parcerias que me enchem de orgulho: umas delas foi uma tela especial que criei a convite da loja IDA para decorar o espaço que inauguraram no Shopping Morumbi. A outra foi uma espreguiçadeira em collab com a Dois Trópicos, que é um misto de café ao ar livre, loja de plantas e escola de yoga em Pinheiros, também em São Paulo. Eu amo mobiliário, quero desenvolver outros produtos ligados ao design de objetos.

Você costuma ter um tema principal ou recorrente?
As minhas pinturas são focadas no abstrato geométrico, então essa é uma temática constante nos meus trabalhos. Círculos, meia circunferência, linhas… e agora estou acrescentando outras formas geométricas elementares, como o quadrado e o retângulo.
Quem são suas referências?
Minhas principais referências, até hoje, são os artistas do suprematismo russo, arquitetos e designers do modernismo, era bauhausiana, e os audaciosos membros do Memphis Group. Esses três movimentos artísticos estão super ligados um ao outro, cada um na sua época, porém, todos com uma linguagem estética muito similar, tirando o Memphis, que vai na direção contrária dessa linha minimalista.
Conta um pouco sobre o trabalho escolhido para circular na plataforma LIVO?
Pensando nesse projeto com o The Summer Hunter, resolvi fazer uma releitura da obra Barceló. Ela carrega traços geométricos e um movimento mais leve que faz referência a uma onda do mar. Além da atmosfera de praia, sol e calor, que tanto eu quanto o The Summer Hunter tanto amamos.
O que podemos esperar para esse finzinho de 2020?
O que não podemos esperar, né? Que ano! Mas do que nunca, sigo no mantra: “menos ansiedade e mais compreensão com o tempo.”
